Foi aberta uma verdadeira "caixa de Pandora", com a vinda à tona dos escândalos tucanos.E somente um jornal, o Estado de São Paulo, vem divulgado. Trata-se da propina em licitações para a compra de equipamentos, a construção e a manutenção de linhas de trem e metrô em São Paulo. O negócio é bilionário. Os cabeças da trama já começam a aparecer. E não são peixes pequenos, não. A coisa toda chega até a governadores tucano,Mario Covas, Geraldo Alckmin, José Serra. É um salve-se quem puder.
Como diria José Simão, tucanaram a corrupção. Corrupção do PSDB virou "caso Siemens" e propina virou "comissão para servidores" Pelo menos é isso que lemos na imprensa diariamente
Deu no Estadão dessa quarta feira
Janot pede que Supremo apure envolvimento de secretários de Alckmin em propinas de trens em São Paulo
O procurador geral da República, Rodrigo Janot, requereu ao ministro Marco Aurélio Mello - relator das investigações sobre o cartel metroferroviário no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) -, que autorize o Ministério Público Federal a encaminhar diretamente pedidos de cooperação internacional. Janot quer estender para o exterior a investigação em que são citados os deputados José Aníbal (PSDB) e Rodrigo Garcia (DEM), ambos secretários de Estado do governo Geraldo Alckmin (PSDB).
Rodrigo Janot sinaliza que eventuais pedidos de cooperação serão "enviados à Suíça, Uruguai, Luxemburgo e demais países em que os investigados mantenham contas correntes e/ou pessoas jurídicas que foram utilizadas para a prática dos delitos ora apurados".
Ao requerer instauração de inquérito sobre José Aníbal e Rodrigo Garcia, o procurador-geral da República pede que sejam ouvidas quatro pessoas: Jorge Fagalli Neto, ex-secretário dos Transportes do governo Fleury Filho (1991-1994), Silvio Antonio Ranciaro, que seria assessor de Aníbal, Antonio Kanji Hoshirkawa, ex-diretor de administração da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Mário Bandeira, atual presidente da CPTM.
• Janot pede que Supremo apure envolvimento de secretários de Alckmin no cartel de trens
• Janot quer apurar relação de Aníbal e Garcia no cartel
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encontrou indícios de envolvimento dos secretários estaduais José Aníbal (PSDB) e Rodrigo Garcia (DEM) no cartel dos metrôs de São Paulo. Ele pediu ao ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que dê prosseguimento às investigações em relação aos dois secretários, que são deputados federais licenciados.
"Há fortes indícios de existência do esquema de pagamento de propina pela Siemens a agentes públicos vinculados ao Metrô de São Paulo", sustentou Rodrigo Janot no ofício enviado ao STF. No documento, o procurador afirma que, por enquanto, não existem elementos que autorizam a continuidade das apurações relacionadas ao deputado federal Arnaldo Jardim (PPS), ao senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e ao secretário Edson Aparecido (PSDB).
"Há atribuição de situações concretas e específicas em relação ao deputado federal Rodrigo Garcia no depoimento do investigado colaborador. Os detalhes dados, assim como a menção a encontro pessoal entre ambos, autorizam, também, a colheita de maiores elementos contra esse parlamentar", disse o procurador.
Além disso, Janot afirmou que "o colaborador apontou, ainda, indícios de envolvimento do deputado federal José Aníbal, na medida em que relata ter sido avisado que, com a saída de Rodrigo Garcia da presidência da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deveria passar a tratar com o deputado José Aníbal, que passara a ser responsável pelos contatos políticos e pagamentos de propina".
Conforme informações destacadas pelo procurador no ofício enviado ao Supremo, a Siemens teria se associado com a Alstom para formar um consórcio com o objetivo de vencer a concorrência para a linha 5 do metrô de São Paulo. Para Janot, a formação do consórcio teve o objetivo de diminuir a concorrência, numa atividade típica de cartel.
O procurador ressaltou o fato de que Aníbal e Garcia foram presidentes da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Em relação a Aloysio Nunes Ferreira, Arnaldo Jardim e Edson Aparecido, Janot concluiu que, por enquanto, não existem indícios. "Esse arquivamento não é impeditivo para que, caso surjam elementos concretos da participação destes ou de outros parlamentares, seja a investigação realizada, pois aí haverá justa causa para o seu prosseguimento", afirmou.
Janot também sugeriu ao STF que desmembre o inquérito para que apenas as investigações relacionadas a Aníbal e Garcia continuem no Supremo. Por terem mandato de deputado federal, eles têm direito ao chamado foro privilegiado. Ou seja, somente podem ser investigados e processados perante o Supremo.
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