O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou há pouco, em comunicado, a aprovação de um financiamento de R$ 6,2 bilhões para projeto de expansão da Vale.
Em seu informe, a companhia detalhou que os recursos serão alocados junto aos investimentos de R$ 37,8 bilhões no Complexo de Carajás (PA) e na Capacitação Logística Norte.
Segundo informações do banco de fomento, e detalhadas no informe, o projeto inclui a construção de unidade mineradora e de beneficiamento de minério de ferro, com capacidade para 90 milhões de toneladas por ano, e de um ramal ferroviário, com 101 quilômetros de extensão, entre as cidades de Canãa dos Carajás e Parauapebas (PA).
Além disso, o projeto da Vale também inclui expansão da capacidade de transporte da Estrada de Ferro Carajás para 230 milhões de toneladas por ano, com duplicação de 42 trechos da estrada.
O BNDES detalhou que o programa da Vale, de expansão da produção de minério de ferro e de sua rede de distribuição, com operação integrada mina-planta-ferrovia-porto, tem início previsto das operações em 2016.
Cálculos do banco de fomento apontam que, com o projeto de expansão, deve ocorrer geração de 30 mil empregos diretos no pico das obras e em aumento expressivo das exportações brasileiras de minério, com impacto positivo no saldo da balança comercial brasileira, na avaliação do BNDES.
Em seu comunicado, o banco detalhou que a Vale iniciará a exploração das reservas de Serra Sul, uma das três regiões que compõe o Sistema Norte de mineração, em Carajás, juntamente com as reservas de Serra Norte e Serra Leste.
O BNDES lembrou, no informe, que o Sistema Norte contém um dos maiores depósitos de minério de ferro do mundo, e produziu 115 milhões de toneladas em 2013, de alta qualidade, alto teor de ferro e baixa concentração de impurezas, de acordo com informações coletadas pelo banco de fomento.
Os recursos do BNDES não são a única fonte de recursos da Vale para seu empreendimento. O banco lembrou, no comunicado, que o projeto conta com R$ 1 bilhão em debêntures de infraestrutura emitidas pela empresa em janeiro de 2014, para compor as fontes de recursos da implantação do ramal ferroviário.
O banco lembrou que, a construção do ramal e a ampliação da capacidade da Estrada de Ferro Carajás são parte do projeto de expansão da capacidade de transporte do Complexo Logístico Norte — composto também pelo terminal marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA) — de 150 milhões de toneladas para 230 milhões de toneladas por ano. Após o processo de beneficiamento, o minério é transportado por meio da Estrada de Ferro Carajás até o terminal marítimo de Ponta da Madeira.
Fonte: Valor Econômico, Por Alessandra Saraiva
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