O governo federal repassou à Prefeitura de Guarujá (SP) a responsabilidade pela administração do aeroporto civil, que ainda será erguido em uma base militar. O convênio foi assinado no início da tarde de terça-feira, 3, pelo ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, que esteve na Base Aérea de Santos, localizada em Guarujá. O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), também participou da solenidade.
Segundo Temer, o empreendimento é estratégico porque, ao atender uma antiga demanda da Baixada Santista, irá também desafogar os atuais aeroportos de São Paulo nos voos domésticos.
“Muita gente que iria tomar o avião em Congonhas e Guarulhos vai tomar aqui e evidentemente isso vai facilitar”, afirmou o vice-presidente.
Moreira Franco declarou que o aeroporto do Guarujá tem um papel estratégico por estar ao lado de grandes estruturas portuárias e rodoviárias, o que deve estimular um de seus usos para turismo de negócios. “Isso garante a esse núcleo a possibilidade de um robusto crescimento econômico”, disse o ministro.
Investimento
O aeroporto regional, um antigo projeto da cidade, será construído em uma área de 274,8 mil metros quadrados, de um total aproximado de 2,8 milhões de metros quadrados da Base Aérea de Santos, localizada em Guarujá. Terá capacidade para movimentar 500 mil passageiros por ano e uma média de 17 voos diários.
A estimativa de investimento é de R$ 80 milhões. “Esse era o valor há quatro anos”, disse a prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito (PMDB), acenando com a possibilidade de o montante a ser investido subir.
Copa 2014
Segundo a prefeita, a estimativa é que sejam necessários cerca de dois anos para o empreendimento entrar em operação, portanto o aeroporto não atenderá à demanda criada na época da Copa do Mundo de futebol, que acontece entre os dias 12 de junho e 13 de julho.
O próximo passo, após a assinatura do convênio com o governo federal, é a elaboração dos estudos ambientais (EIA-Rima) e do edital para a concessão. “Diversas empresas já nos procuraram”, disse Antonieta, sobre o interesse da iniciativa privada. O tempo de concessão ainda não foi definido.
Fonte: Valor Econômico, Por Fernanda Pires
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