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Aumento do diesel gera pressão sobre tarifas de ônibus
Último reajuste representa 1,91% de impacto sobre as passagens, mas no acumulado do ano pressão chega a 4,05%
ADAMO BAZANI – CBN
Os últimos três aumentos do valor do óleo diesel acumulam 17% e causam um impacto sobre as tarifas de ônibus de 4,05%
Só o último reajuste, aplicado pela Petrobrás na última sexta-feira, 29 de novembro, deve causar impactos de 1,91% sobre as tarifas de ônibus.
O problema é que, mesmo com os subsídios em algumas cidades, as tarifas de ônibus estão congeladas desde janeiro.
Em outras cidades, o congelamento vem de antes de janeiro e em muitas não há subsídios mesmo com os valores sem aumento.
Além disso, argumentam as empresas de ônibus, que os subsídios não levam em conta os novos reajustes do óleo diesel aplicados pelo Governo Federal recentemente.
O óleo diesel representa entre 20% e 25% do valor das passagens de ônibus.
Os custos variam de acordo com as cidades e os sistemas operacionais.
As empresas temem novos congelamentos de tarifas, mesmo com os subsídios.
Isso porque, subsídio não é garantia de ter todos os custos acumulados compensados. Além disso, por mais impopular que seja um aumento de tarifa, ainda é um dos principais mecanismos para remunerar a prestação de serviços.
Muito mais que subsídios, o setor de transportes espera políticas de mobilidade, segundo os empresários.
Pelas políticas de mobilidade urbana, seria possível desonerar os serviços de transportes urbanos com necessidade menor de uso de recursos diretos do poder público angariados após a arrecadação de impostos e também haveria uma maior justiça tributária: mesmo com os avanços, ainda as passagens de ônibus têm muito imposto embutido.
E como o assunto é o peso do óleo diesel no valor das tarifas, a prioridade do transporte coletivo no espaço urbano deve ser um dos principais pontos desta política de mobilidade. Sem ficar presos em congestionamentos, contando com mais corredores e faixas com exclusividade, os ônibus podem desenvolver maior velocidade e fazer mais viagens, gastando, portanto, proporcionalmente menos combustível.
Todas estas ações de fato em prol da mobilidade fariam com que os subsídios fossem menores e as tarifas tivessem percentuais menores de crescimento que não pesariam tanto no bolso do trabalhador.
Uma revisão nos sistemas de gratuidades também ajudaria. Ninguém é contra que idosos, portadores de necessidades especiais e algumas categorias trabalhistas tenham isenção. Mas deve haver contrapartidas dos setores beneficiados por estas gratuidades para que todos os custos não recaiam sobre as empresas de ônibus e consequentemente sobre os passageiros pagantes.
O empresário de ônibus moderno não quer tarifas altas, isso pode gerar evasão de passageiros do sistema, que podem migrar para deslocamentos como a pé ou por motocicletas. Mas também, os custos devem ser cobertos de maneira justa e o lucro também é algo que deve ser encarado com naturalidade pela sociedade. Afinal, empresa que não lucra, não investe e tem a qualidade dos serviços prejudicada, o que ninguém quer nos transportes.
Com políticas de mobilidade, que vão desde criação de espaços para os ônibus até desonerações, é possível que as tarifas pesem menos no bolso do passageiro e que as empresas tenham uma lucratividade justa.
É isso que não pode se calar na voz das ruas que pode voltar a ecoar a qualquer momento.
Último reajuste representa 1,91% de impacto sobre as passagens, mas no acumulado do ano pressão chega a 4,05%
ADAMO BAZANI – CBN
Os últimos três aumentos do valor do óleo diesel acumulam 17% e causam um impacto sobre as tarifas de ônibus de 4,05%
Só o último reajuste, aplicado pela Petrobrás na última sexta-feira, 29 de novembro, deve causar impactos de 1,91% sobre as tarifas de ônibus.
O problema é que, mesmo com os subsídios em algumas cidades, as tarifas de ônibus estão congeladas desde janeiro.
Em outras cidades, o congelamento vem de antes de janeiro e em muitas não há subsídios mesmo com os valores sem aumento.
Além disso, argumentam as empresas de ônibus, que os subsídios não levam em conta os novos reajustes do óleo diesel aplicados pelo Governo Federal recentemente.
O óleo diesel representa entre 20% e 25% do valor das passagens de ônibus.
Os custos variam de acordo com as cidades e os sistemas operacionais.
As empresas temem novos congelamentos de tarifas, mesmo com os subsídios.
Isso porque, subsídio não é garantia de ter todos os custos acumulados compensados. Além disso, por mais impopular que seja um aumento de tarifa, ainda é um dos principais mecanismos para remunerar a prestação de serviços.
Muito mais que subsídios, o setor de transportes espera políticas de mobilidade, segundo os empresários.
Pelas políticas de mobilidade urbana, seria possível desonerar os serviços de transportes urbanos com necessidade menor de uso de recursos diretos do poder público angariados após a arrecadação de impostos e também haveria uma maior justiça tributária: mesmo com os avanços, ainda as passagens de ônibus têm muito imposto embutido.
E como o assunto é o peso do óleo diesel no valor das tarifas, a prioridade do transporte coletivo no espaço urbano deve ser um dos principais pontos desta política de mobilidade. Sem ficar presos em congestionamentos, contando com mais corredores e faixas com exclusividade, os ônibus podem desenvolver maior velocidade e fazer mais viagens, gastando, portanto, proporcionalmente menos combustível.
Todas estas ações de fato em prol da mobilidade fariam com que os subsídios fossem menores e as tarifas tivessem percentuais menores de crescimento que não pesariam tanto no bolso do trabalhador.
Uma revisão nos sistemas de gratuidades também ajudaria. Ninguém é contra que idosos, portadores de necessidades especiais e algumas categorias trabalhistas tenham isenção. Mas deve haver contrapartidas dos setores beneficiados por estas gratuidades para que todos os custos não recaiam sobre as empresas de ônibus e consequentemente sobre os passageiros pagantes.
O empresário de ônibus moderno não quer tarifas altas, isso pode gerar evasão de passageiros do sistema, que podem migrar para deslocamentos como a pé ou por motocicletas. Mas também, os custos devem ser cobertos de maneira justa e o lucro também é algo que deve ser encarado com naturalidade pela sociedade. Afinal, empresa que não lucra, não investe e tem a qualidade dos serviços prejudicada, o que ninguém quer nos transportes.
Com políticas de mobilidade, que vão desde criação de espaços para os ônibus até desonerações, é possível que as tarifas pesem menos no bolso do passageiro e que as empresas tenham uma lucratividade justa.
É isso que não pode se calar na voz das ruas que pode voltar a ecoar a qualquer momento.
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