segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Nove por cento de bilhões não é “merreca” de guarda da esquina

simanc

Tijolaço

1331376A revelação, hoje, pela Folha, de que “testemunhas que resolveram colaborar com as investigações sobre fraudes em licitações no setor de transportes em São Paulo” disseram que a Alstom e a Siemens pagaram propina de até 9% do valor dos contratos para fazer negócios com o governo paulista  é a indicação mais clara de que o favorecimento ia muito acima dos baixos escalões da Companhia de Trens ou do Metrô.
Um dos contratos foi com o Governo Mário Covas, outro com Alckmin. Mas é de lembrar que o mandato de Covas, a partir de 98, foi partilhado com Alckmin, por diversas licenças, com o poder de mando já muito partilhado..
E, ainda, porque os contratos se prolongam por anos e os “repasses”, é obvio, se deem quando das liberações das parcelas contratuais, segundo a execução da obra ou serviço. Portanto, para o período no qual, a partir de 2001, Alckmin efetivou-se no comando do governo, com a morte de Covas.
É evidente que não se quer condenar Alckmin pelo “domínio do fato”, mas é igualmente claro que “consultores” externos ao governo não podem prometer sucesso a empresas em licitações por conta própria.
Ainda mais quando em montantes deste tamanho.
Mesmo abafado durante anos e com manobras inacreditáveis como a do “esquecimento” do pedido da Justiça da Suíça, o escândalo do “trensalão” tomou dimensões de um trem desgovernado.

Por: Fernando Brit

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