Chassis devem ser produzidos em escala no Brasil em 2017
ADAMO BAZANI
blogpontodeonibus
Finalmente a fabricante de ônibus Scania apresentou de forma oficial seu veículo GNV – Gás Natural Veicular, com carroceria nacional, que também pode ser movido com biometano, que é o gás obtido na decomposição do lixo.
Usado em larga na Europa e também em expansão em cidades de alguns países latinos, como Bogotá, Colômbia; Cidade do México, México; e Lima, Peru o veículo é fruto de testes que ocorreram no Brasil desde 2014. Na ocasião, o Blog Ponto de Ônibusacompanhou a apresentação dos primeiros resultados, com uma carroceria importada. Relembre em: https://blogpontodeonibus.wordpress.com/2015/01/30/biometano-onius-scania-historia/
A apresentação da unidade ocorreu no Seminário Nacional de Mobilidade Urbana da NTU – Associação Nacional de Transportes Urbanos, que ocorre em Brasília.
O modelo possui 15 metros de comprimento e capacidade para até 130 passageiros.
O modelo de a carroceria a escolhida é o Viale, da Marcopolo, com piso baixo para ampliar a acessibilidade.
De acordo com a Scania, é o primeiro ônibus da marca movido a biometano ou GNV registrado no Brasil. O anterior possuía um registro especial de testes para veículos importados.
Como já havia descrito a reportagem na época da apresentação dos testes no Rio Grande do Sul, em 2015, o ônibus tem um motor de ciclo otto, que é mais silencioso que os ônibus a diesel.
As emissões de poluentes podem ser até 85% menores que um veículo similar movido a óleo diesel.
Os testes compreenderam circuitos em rodovias e perímetros urbanos, inclusive na Capital Paulista.
De acordo com a Scania, com base em análise da Netz Engenharia Automotiva, com cilindros abastecidos com 300 metros cúbicos de gás (carga total), o ônibus pode ter autonomia de 700 quilômetros nas estradas e 350 quilômetros nas cidades.
Ainda segundo os testes, o custo por quilômetro rodado ficou em R$ 0,89, enquanto um ônibus a diesel tem custo de R$ 1,24 por quilômetro.
O motor é de 280 cavalos de potência e o veículo possui um sensor lambda que calcula a quantidade de combustível necessária para ser injetada no sistema, o que, segundo a Scania, evitara o mau desempenho que entre os anos de 1980 e 1990 acabou maculando a imagem dos ônibus a gás natural no Brasil.
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