Proposta foi publicada hoje no Diário Oficial da Cidade de São Paulo. Se for mantida promessa de João Doria de congelamento de tarifa, só os subsídios serão maiores que todo o orçamento previsto para a SPTrans
ADAMO BAZANI
Diário do Transporte
Se houver reajuste de tarifa de ônibus em São Paulo no ano de 2017, como propõem os técnicos da prefeitura no orçamento para o ano que vem, somente os subsídios para gratuidades, integrações e outros custos, responderiam por pouco mais de 77% de todos os recursos previstos para a SPTrans – São Paulo Transporte, vinculada à SMT – Secretaria Municipal de Transportes, gerenciadora dos serviços que também faz os repasses às viações.
De acordo com a proposta de orçamento publicada hoje no Diário Oficial da Cidade, a SPTrans vai contar para gerir os transportes, tanto do ponto de vista operacional como financeiro, com R$ 2,31 bilhões. Desse total, R$ 1,79 bilhão é o valor para compensações tarifárias do serviço de ônibus, o maior impacto financeiro da pasta.
No entanto, em caso de congelamento da tarifa, como prometeu o prefeito eleito João Doria, os técnicos da prefeitura calculam necessidade de mais R$ 1 bilhão pelo menos só para subsídios, somando R$ 2,79 bilhões, ou seja, ultrapassando todo o valor do orçamento da SPTrans para o ano que vem.
Levando em conta o discurso de João Doria de que seriam necessários R$ 500 milhões a mais nos subsídios para o congelamento da tarifa de ônibus, a medida tomaria R$ 2,29 bilhões em recursos do Tesouro Municipal e de outras fontes para prefeitura, ou seja, quase os R$ 2,31 bilhões.
Gastos de caráter administrativo, como aumento de capital e aposentadoria complementar aos servidores da SPTrans, também trazem impacto na previsão do orçamento. A implantação e requalificação de corredores e terminais de ônibus, neste quadro, aparecem com poucos recursos já a maior parte das verbas vem de outras pastas da prefeitura:
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