quinta-feira, 13 de outubro de 2016

BRT da Grande Florianópolis deve sair por meio de PPP até 2018

ônibusTransportes em Florianópolis e nas cidades vizinhas devem ganhar mais eficiência com BRT, diz estudo

Observatório de Mobilidade Urbana da Universidade Federal de Santa Catarina apresentou projeto para implantação de ônibus rápidos entre Ilha o Continente
ADAMO BAZANI
Diário do Transporte
O Governo do Estado de Santa Catarina deve utilizar o modelo de PPP – Parceria Público-Privada para implantar um novo sistema de BRT – Bus Rapid Transit que deve ligar os municípios de Florianópolis, São José, Biguaçu, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz e São Pedro de Alcântara.
O corredor principal com vias segregadas, pagamento de passagem antes do embarque nos veículos (pré-embarque) e estações no nível do assoalho dos ônibus deve ter 35,5 quilômetros de extensão.
O sistema ainda será complementado por faixas de ônibus comuns à direita com 22 quilômetros.
Pela proposta do Governo do Estado, ainda em estudo, seria feita uma parceria público-privada para implantação, manutenção da infraestrutura, gestão e operação dos sistemas de BRT.
A concessão seria por 25 anos e a iniciativa privada deve implantar e manter as vias, estações paradas, terminais e o CCO – Centro de Controle Operacional.
Os ônibus terão wi-fi, assim como as paradas, estações e terminais. Todos estes serviços seriam integrados por um sistema de ITS (inteligência operacional), que também terá o controle de tráfego e fiscalização. A implantação do ITS também será de responsabilidade do da iniciativa privada.
O projeto operacional para esse sistema de BRT, elaborado pelo Observatório de Mobilidade Urbana da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina foi apresentado aos representantes das prefeituras da Região Metropolitana de Florianópolis nesta última terça-feira, 11 de novembro de 2016.
O projeto obedece às diretrizes do Plamus – Plano de Mobilidade Urbana Sustentável para a ligação entre a ilha e o continente.
Haverá previsão de linhas alimentadoras para distribuição dos passageiros nos bairros mais distantes do BRT.
Um dos objetivos com a implantação do corredor de ônibus é eliminar sobreposições de linhas metropolitanas com municipais, o que torna hoje o sistema pouco eficiente, segundo o estudo.
A perspectiva é de que haja redução de 10% na frota de veículos de transporte coletivo e de 20% na quilometragem, reduzindo assim o tempo de deslocamento. Linhas expressas também devem fazer parte deste sistema.
Mesmo com a redução dos trajetos e dos veículos, a perspectiva é que pelo ganho de eficiência haja aumento de capacidade de atendimento dos passageiros.
O primeiro corredor estrutural desse sistema deve estar pronto até o final de 2018.
Um dos maiores entraves nesse momento é a liberação da Ponte Hercílio Luz, que fará parte do trajeto.
“O objetivo do projeto é racionalizar o sistema, pois existem muitas superposições de linhas municipais com metropolitanas, superposição de linhas de empresas com outras empresas, isso gera desperdício e ineficiência do sistema. A partir da implantação de uma infraestrutura de terminais de integração, de faixas exclusivas de ônibus, com corredores ou canaletas, você tem vários ganhos, principalmente o tempo das viagens de ônibus”, explicou o engenheiro da equipe do Observatório de Mobilidade da UFSC, André Fialho, em nota enviada aoDiário do Transporte pelo Governo do Estado.
“Cumprimos mais uma etapa do planejamento que era apresentar a proposta de operação do sistema de transporte público metropolitano aos prefeitos da região”, avaliou o superintendente de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis e secretário de Planejamento, Cassio Taniguchi, na mesma nota.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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