Senado vota cinto de três pontos para ônibus
Discussão ganhou mais fôlego depois de tragédia com ônibus da 1001
ADAMO BAZANI – CBN
Os ônibus rodoviários poderão ser obrigados a ter cintos de segurança de três pontos. Desde 1997, os veículos de serviços intermunicipais com características rodoviárias devem oferecer o cinto subabdominal.
Tramita no Senado Federal projeto número 4254/12 do senador Geraldo Resende, do PMDB do Mato Grosso do Sul, que torna obrigatório o equipamento mais moderno nos veículos rodoviários.
Apenas os ônibus de características urbanas, nos quais os passageiros podem viajar em pé, ficam fora da obrigatoriedade, como ocorre com o atual modelo de cinto de segurança nos veículos de transporte rodoviário.
Para o senador, apesar de ser importante, o cinto subabdominal não garante proteção total aos passageiros.
O modelo evita que as pessoas sejam lançadas dentro do salão de passageiros ou mesmo para fora dele, mas não impede que os usuários batam no banco da frente, nas divisórias, no passageiro ao lado ou mesmo contra as janelas.
O cinto hoje obrigatório nos ônibus não deixa que as pessoas sejam arremessadas, mas não segura a coluna vertebral no encosto da poltrona.
De acordo com a proposta do senador, as empresas de ônibus e as fabricantes devem ter um ano para se adaptarem após a publicação da lei, prazo que o Contran – Conselho Nacional de Trânsito pode regulamentar o uso.
O projeto vai ser analisado em caráter conclusivo, ou seja, sem a necessidade de votação em plenário, pela Comissão de Viação e Transportes e Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Ainda não há data para a votação nas Comissões.
POUCO USADO, POUCO DIFUNDIDO
Dados da CNT – Confederação Nacional dos Transportes revelam que apenas 2% dos passageiros de ônibus rodoviários usam o cinto de segurança. As empresas de ônibus são obrigadas a orientarem os passageiros a bordo, com explicações do motorista ou de um agente da empresa, mas isso raramente acontece.
Discussão ganhou mais fôlego depois de tragédia com ônibus da 1001
ADAMO BAZANI – CBN
Os ônibus rodoviários poderão ser obrigados a ter cintos de segurança de três pontos. Desde 1997, os veículos de serviços intermunicipais com características rodoviárias devem oferecer o cinto subabdominal.
Tramita no Senado Federal projeto número 4254/12 do senador Geraldo Resende, do PMDB do Mato Grosso do Sul, que torna obrigatório o equipamento mais moderno nos veículos rodoviários.
Apenas os ônibus de características urbanas, nos quais os passageiros podem viajar em pé, ficam fora da obrigatoriedade, como ocorre com o atual modelo de cinto de segurança nos veículos de transporte rodoviário.
Para o senador, apesar de ser importante, o cinto subabdominal não garante proteção total aos passageiros.
O modelo evita que as pessoas sejam lançadas dentro do salão de passageiros ou mesmo para fora dele, mas não impede que os usuários batam no banco da frente, nas divisórias, no passageiro ao lado ou mesmo contra as janelas.
O cinto hoje obrigatório nos ônibus não deixa que as pessoas sejam arremessadas, mas não segura a coluna vertebral no encosto da poltrona.
De acordo com a proposta do senador, as empresas de ônibus e as fabricantes devem ter um ano para se adaptarem após a publicação da lei, prazo que o Contran – Conselho Nacional de Trânsito pode regulamentar o uso.
O projeto vai ser analisado em caráter conclusivo, ou seja, sem a necessidade de votação em plenário, pela Comissão de Viação e Transportes e Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Ainda não há data para a votação nas Comissões.
POUCO USADO, POUCO DIFUNDIDO
Dados da CNT – Confederação Nacional dos Transportes revelam que apenas 2% dos passageiros de ônibus rodoviários usam o cinto de segurança. As empresas de ônibus são obrigadas a orientarem os passageiros a bordo, com explicações do motorista ou de um agente da empresa, mas isso raramente acontece.
TRAGÉDIA COM A 1001 DÁ MARGEM ÀS DISCUSSÕES:
O uso do cinto de segurança em ônibus voltou a ser alvo de discussões depois do acidente com um ônibus da Auto Viação 1001 que ocorreu na última segunda-feira, dia 22 de outubro, na Serra de Teresópolis, região de Guapimirim, na Baixada Fluminense.
Quinze pessoas morreram quando o veículo saiu da estrada e caiu numa ribanceira de uma altura de 10 metros aproximadamente.
De acordo com relatos de sobreviventes, o motorista Eduardo Fernandes, de 44 anos, alertou pouco antes da queda que todos sentassem e usassem o cinto de segurança.
Fernandes morreu no acidente.
Nem todos os passageiros usaram o cinto. Ainda de acordo com os relatos, as pessoas que seguiram a recomendação e fizeram uso do equipamento foram as que menos se feriram.
Muitos passageiros ficaram em pânico por conta do descontrole do ônibus e ficaram em pé no veículo. O ônibus, segundo a Polícia Rodoviária Federal, chegou a aproximadamente 80 km/h, sendo que o trecho permitia velocidade de 60 km/h.
Testemunhas também disseram ter visto o ônibus pouco antes da queda com pisca-alerta ligado e com sinais de farol, o que indicava que o motorista tentava controlar o veículo.
A Auto Viação 1001, em nota, afirmou que o veículo carroceria Marcopolo 1200 Geração 6, chassi Scania K 124, tinha passado por todas as vistorias, sendo a última no dia 10 de outubro. A empresa também afirmou que dá toda assistência às famílias de quem perdeu a vida e aos feridos e que vai colaborar com as investigações.
Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT mostram que a empresa só neste ano recebeu 183 multas por diversas irregularidades. O Detro – Departamento de Transportes do Estado do Rio de Janeiro aplicou 553 multas contra a Auto Viação 1001, boa parte por não ter realizado inspeções.
ANTT VAI SER INVESTIGADA:
A ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres afirmou que vai realizar fiscalizações com maior rigor nas garagens da 1001, que hoje tem cerca de 700 veículos. A empresa opera exclusivamente linhas de alta demanda e mantém boa parte de trajetos importantes com companhias pertencentes ao mesmo grupo, JCA, como entre Rio e São Paulo.
Mas a ANTT também vai ser investigada. A Defensoria Pública da União vai apurar as responsabilidades da ANTT no acidente.
A Defensoria quer saber se houve falha de fiscalização e inspeção não somente no veículo prefixo 2212, envolvido na queda, como em toda a frota da companhia.
As causas do acidente ainda serão determinadas. Um laudo deve ficar pronto em 15 dias.
VÍDEO MOSTRA ÔNIBUS MOMENTOS ANTES DA QUEDA:
O vídeo exibe o ônibus já sem controle e saindo da rodovia. Quando ele foi exibido, o número de mortos ainda era de 13.
O uso do cinto de segurança em ônibus voltou a ser alvo de discussões depois do acidente com um ônibus da Auto Viação 1001 que ocorreu na última segunda-feira, dia 22 de outubro, na Serra de Teresópolis, região de Guapimirim, na Baixada Fluminense.
Quinze pessoas morreram quando o veículo saiu da estrada e caiu numa ribanceira de uma altura de 10 metros aproximadamente.
De acordo com relatos de sobreviventes, o motorista Eduardo Fernandes, de 44 anos, alertou pouco antes da queda que todos sentassem e usassem o cinto de segurança.
Fernandes morreu no acidente.
Nem todos os passageiros usaram o cinto. Ainda de acordo com os relatos, as pessoas que seguiram a recomendação e fizeram uso do equipamento foram as que menos se feriram.
Muitos passageiros ficaram em pânico por conta do descontrole do ônibus e ficaram em pé no veículo. O ônibus, segundo a Polícia Rodoviária Federal, chegou a aproximadamente 80 km/h, sendo que o trecho permitia velocidade de 60 km/h.
Testemunhas também disseram ter visto o ônibus pouco antes da queda com pisca-alerta ligado e com sinais de farol, o que indicava que o motorista tentava controlar o veículo.
A Auto Viação 1001, em nota, afirmou que o veículo carroceria Marcopolo 1200 Geração 6, chassi Scania K 124, tinha passado por todas as vistorias, sendo a última no dia 10 de outubro. A empresa também afirmou que dá toda assistência às famílias de quem perdeu a vida e aos feridos e que vai colaborar com as investigações.
Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT mostram que a empresa só neste ano recebeu 183 multas por diversas irregularidades. O Detro – Departamento de Transportes do Estado do Rio de Janeiro aplicou 553 multas contra a Auto Viação 1001, boa parte por não ter realizado inspeções.
ANTT VAI SER INVESTIGADA:
A ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres afirmou que vai realizar fiscalizações com maior rigor nas garagens da 1001, que hoje tem cerca de 700 veículos. A empresa opera exclusivamente linhas de alta demanda e mantém boa parte de trajetos importantes com companhias pertencentes ao mesmo grupo, JCA, como entre Rio e São Paulo.
Mas a ANTT também vai ser investigada. A Defensoria Pública da União vai apurar as responsabilidades da ANTT no acidente.
A Defensoria quer saber se houve falha de fiscalização e inspeção não somente no veículo prefixo 2212, envolvido na queda, como em toda a frota da companhia.
As causas do acidente ainda serão determinadas. Um laudo deve ficar pronto em 15 dias.
VÍDEO MOSTRA ÔNIBUS MOMENTOS ANTES DA QUEDA:
O vídeo exibe o ônibus já sem controle e saindo da rodovia. Quando ele foi exibido, o número de mortos ainda era de 13.
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