O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, afirmou que as novas concessões de aeroportos preparadas pelo governo não deverão trazer grandes alterações em relação àquelas já realizadas em Brasília, Guarulhos e Viracopos.
“Não acho que terá mudanças muito radicais na forma de fazer as concessões”, comentou Figueiredo, durante encontro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), em Brasília.
“Existe o interesse do governo de trazer tecnologias novas e modernas para o país. A diretriz é a de qualificar os grupos para a gestão de aeroportos. O governo não quer fazer as coisas só por fazer”, disse.
Conforme informou o Valor ontem, após sondagens fracassadas a grandes operadoras estrangeiras, que comunicaram não ter interesse numa associação como minoritárias para administrar os aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (MG) com a Infraero, a presidente Dilma Rousseff aumentou o suspense em torno do modelo de concessões no setor.
Mesmo seus assessores próximos não entenderam com clareza se isso é um sinal de que ela tomou uma decisão, sem tê-los consultado novamente, ou se pretende retomar o assunto somente depois do segundo turno das eleições municipais. A última reunião com a presidente ocorreu em setembro.
Para um grupo de auxiliares, a tendência é Dilma optar por um modelo em que operadoras internacionais assumam a gestão do Galeão e de Confins como majoritárias, mas mediante um processo de escolha que privilegie a transferência de know-how e metas de investimento.
Nos leilões recentes, a definição do vencedor foi por maior valor de outorga, levando à vitória surpreendente de grupos considerados pouco robustos pela presidente.
Fonte: Valor Econômico, Por Daniel Rittner e André Borges
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