O navio de produtos Sérgio Buarque de Holanda, construído pelo Estaleiro Mauá, do Rio de Janeiro, começou a operar no início de julho. O petroleiro é a terceira embarcação entregue dentro do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), incluído na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e responsável pela revitalização da indústria naval brasileira. Junto com essa renovação da frota, ganha participação a cabotagem, um modal ainda pouco valorizado no Brasil.
O avanço das economias do Norte e do Nordeste, que vêm apresentando altas taxas de crescimento, e o ingresso de mais pessoas na classe C têm criado oportunidades para a cabotagem, principalmente com o transporte de eletrônicos e granéis sólidos. O Promef contribui para esse crescimento com a encomenda de 49 navios a estaleiros nacionais. “O segmento tem grande potencial de expansão principalmente nos navios porta-contêineres e graneleiros, para transporte de grãos e minérios. Os estaleiros brasileiros estão construindo ambos os tipos de navios, mas as encomendas ainda são modestas diante das perspectivas de expansão desse setor”, conta Ariovaldo Rocha, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).
A perspectiva de aumento de participação da cabotagem atinge tanto a indústria naval quanto os operadores marítimos. Para o vice-presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), Roberto Galli, “a cabotagem pode ajudar – e muito – diminuindo os custos de logística da distribuição interna de produtos”. “Até 1994, com o advento do Real, a cabotagem não podia concorrer. Viajar de navio leva mais tempo do que de caminhão e o prazo de recebimento das vendas era fundamental, sem o que, a inflação corroía o resultado da venda. Desde então, entendeu-se que a cabotagem poderia ser possível, o desafio é que seja tão desonerada e desburocratizada quanto o modal rodoviário”, lembra.
A retomada da expansão da frota ainda conta com pouca participação para a cabotagem. O pré-sal tem puxado encomendas para a indústria off-shore, de óleo e gás. O presidente da Associação Brasileira da Indústria Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça, estima que a construção de navios especificamente para a cabotagem ainda seja de apenas 5%. “A Petrobras é dona de quase metade da frota de cabotagem no Brasil. Com a renovação da frota, deve ficar com participação ainda maior. Mas existem planos do governo, a longo prazo, de mudar o foco dos modais de transporte brasileiros, diminuindo sensivelmente o rodoviário e partindo para investimentos no ferroviário e no marítimo, o que dá esperança para a cabotagem”, afirma.
FONTE: Terra – Portal Transporte & Logística
O avanço das economias do Norte e do Nordeste, que vêm apresentando altas taxas de crescimento, e o ingresso de mais pessoas na classe C têm criado oportunidades para a cabotagem, principalmente com o transporte de eletrônicos e granéis sólidos. O Promef contribui para esse crescimento com a encomenda de 49 navios a estaleiros nacionais. “O segmento tem grande potencial de expansão principalmente nos navios porta-contêineres e graneleiros, para transporte de grãos e minérios. Os estaleiros brasileiros estão construindo ambos os tipos de navios, mas as encomendas ainda são modestas diante das perspectivas de expansão desse setor”, conta Ariovaldo Rocha, presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).
A perspectiva de aumento de participação da cabotagem atinge tanto a indústria naval quanto os operadores marítimos. Para o vice-presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma), Roberto Galli, “a cabotagem pode ajudar – e muito – diminuindo os custos de logística da distribuição interna de produtos”. “Até 1994, com o advento do Real, a cabotagem não podia concorrer. Viajar de navio leva mais tempo do que de caminhão e o prazo de recebimento das vendas era fundamental, sem o que, a inflação corroía o resultado da venda. Desde então, entendeu-se que a cabotagem poderia ser possível, o desafio é que seja tão desonerada e desburocratizada quanto o modal rodoviário”, lembra.
A retomada da expansão da frota ainda conta com pouca participação para a cabotagem. O pré-sal tem puxado encomendas para a indústria off-shore, de óleo e gás. O presidente da Associação Brasileira da Indústria Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça, estima que a construção de navios especificamente para a cabotagem ainda seja de apenas 5%. “A Petrobras é dona de quase metade da frota de cabotagem no Brasil. Com a renovação da frota, deve ficar com participação ainda maior. Mas existem planos do governo, a longo prazo, de mudar o foco dos modais de transporte brasileiros, diminuindo sensivelmente o rodoviário e partindo para investimentos no ferroviário e no marítimo, o que dá esperança para a cabotagem”, afirma.
FONTE: Terra – Portal Transporte & Logística
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