Após paralisação do processo licitatório da Linha 18-bronze, o monotrilho que vai ligar São Paulo à São Bernardo do Campo passando por São Caetano e Santo André, o conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado) Antonio Roque Citadini estipulou um prazo de 30 dias para analisar em definitivo a concorrência.
Segundo informações do jornal “Diário do Grande ABC”, o relator do processo, Citadini, sinalizou que o período está baseado na resposta prestada na sexta-feira pelo governo do Estado. “Documentos foram encaminhados aos órgãos técnicos. Em torno de um mês volta para eu tomar decisão. Há interesse da nossa parte em resolver o quanto antes a situação.”
A concorrência foi paralisada depois que a empresa PL Consultoria Financeira e RH Ltda, de Barueri, entrou com representação para impugnar o certame, apontando possíveis irregularidades nos documentos. O grupo afirma haver “conluio estratégico na fase de definição das diretrizes fundamentais do projeto”. “São duas representações juntadas ao processo que passarão por consideração da auditoria, com cerca de 18 questionamentos”, disse Citadini.
Já Virgílio Alcides de Farias, um dos integrantes regionais da Rede Sustentabilidade criticou a escolha do modal, sobre a afirmação de que o valor de R$ 4,6 bilhões para a construção da linha afronta o princípio da razoabilidade e proporcionalidade, especialmente comparando-se à quantia estimada para a construção de 150 quilômetros de via pela prefeitura de São Paulo, por meio de corredores de ônibus.
Já o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT) defende o projeto: “Ponderei ao conselheiro que as medidas do tribunal poderão atrasar demasiadamente a consolidação da licitação. Isso é prejuízo a todo o Estado, em particular ao Grande ABC. A expectativa é a de que de fato destrave.” – disse.
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