Do Viatrolebus
Na semana em que um trem da frota K apresenta uma falha um tanto quanto inusitada, para não dizer quase trágica, quando as portas se abrem nos dois lados em uma estação que tem apenas um lado para desembarque, se levanta a discussão sobre a modernização dos 98 trens do Metrô, e mais especificamente os antigos trens Cobrasma.
Segundo publicação do Jornal “Rede Brasil Atual“, o mesmo trem mencionado acima, descarrilou em 5 de agosto, nas proximidades da estação Palmeiras-Barra Funda, na Linha 3-Vermelha. O Jornal afirma que a ocorrência não foi divulgada publicamente, mas está registrada nos sistemas de segurança do Metrô.
A composição K07 pertence à frota K, reformada pelo consórcio MTTrens, integrado por MPE, Temoinsa e TTrans. Esta última é uma das empresas envolvidas nas denúncias de formação de cartel para burlar a concorrência em licitações para modernização de trens.
A reportagem mostra ainda um levantamento informal realizado por metroviários da Linha 3-Vermelha que atesta: apesar de serem novos, os trens da frota K apresentam quantidade de defeitos até quatro vezes maior que as composições antigas, com cerca de 30 anos de uso. Algumas chegam a registrar média de 35 problemas técnicos por dia.
Na semana passada, funcionários constataram que até mesmo os extintores de incêndio de alguns trens da frota K estão com a validade vencida pelo menos desde abril. “Houve um dia em que eu mesmo estava no K07 quando constatei que o sinalizador de falhas não estava funcionando. Poderia ocorrer qualquer problema que o operador não teria informação nenhuma”, denuncia um condutor da Linha 3. “Para piorar, fiz um teste e percebi que o botão de emergência, quando acionado pelo usuário, não tocaria nenhum alarme na cabine”, continua, apontando defeitos básicos na segurança do sistema. “Somando essas duas falhas, o trem poderia estar pegando fogo e o operador não saberia. O usuário tentaria informá-lo através do botão de emergência e não conseguiria, pois não se escutaria nenhum alerta na cabine. Essas falhas foram registradas. E são constantes.”
Dos 25 trens da frota C, 4 deles estão na empresa TTrans em processo de modernização, 14 deles foram reformados e passaram a ser da frota K. Destes, sete prestam serviços na linha 3-vermelha.
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