quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Governo do Estado de São Paulo confirma privatização de monotrilhos até junho

pppp

Modelo prevê concessão por outorga e remuneração de acordo com passageiro transportado
ADAMO BAZANI
Diário do Transporte
Até metade deste ano, os editais para a privatização das duas linhas do monotrilho em construção devem estar lançados na praça.
A linha 17 Ouro, da Zona Sul, que não tem nenhum trecho ainda em operação, deve ser concedida à iniciativa privada junto com a linha 5 lilás do Metrô. Oo edital deve ser lançado já e março
Já a linha 15-Prata, que só tem em operação um trecho de 2,3 quilômetros entre duas estações (Vila Prudente – Oratório) deve ter o edital lançado ainda neste primeiro semestre.
No caso da linha 15-Prata, o jornal O Estado de São Paulo teve acesso por meio da Lei de Acesso à Informação, a estudos técnicos para embasar a concessão.
De acordo com o estudo, o repasse à iniciativa privada é justificado como o mecanismo “para o enfrentamento do cenário de operação deficitária da malha metroferroviária do Estado, de forma que a delegação da operação e da manutenção da Linha 15 contribuirá não só para a redução desse déficit, mas também para a geração de receitas para o Estado”.
Pelas estimativas, a outorga deve ser em torno de R$ 313 milhões para o parceiro privado operar o monotrilho da linha 15 por 30 anos. Os estudos apontam demanda de 303 mil passageiros por dia.  O parceiro pode ter receitas acessórias, como com aluguel de espaços nas estações e venda de publicidade. Com estas receitas a mais, a taxa de retorno pode ser de até 10% do valor investido no período.
A remuneração deve ser em torno de R$ 1,50 por passageiro transportado.
Segundo o secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, ao jornal esses, valores ainda serão definidos, mas foram pensados levando em consideração que as gratuidades e integrações serão concedidas aos passageiros da mesma maneira que em toda a rede.
“O passageiro que entrar na Linha 15 circulará por toda a rede. Com esse valor, o parceiro recebe apenas por seu trecho.”
Uma audiência pública deve apresentar valores e o projeto com detalhe em abril.
Logo que as novas estações estiverem inauguradas, o parceiro privado poderá assumir as operações dos trens construídos pela canadense Bombardier, além de ser responsável pela manutenção de todo sistema.
Com isso, o governo do Estado deve ficar responsável apenas pelas linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha do metrô. A linha 4 Amarela já é operada pela Via Quatro, empresa privada.
Linhas da CPTM também podem ser privatizadas.
Já o monotrilho da linha 18, que deveria ligar o ABC Paulista à estação Tamanduateí, em São Paulo, continua indefinido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário