Conjunto de obras viárias, gestão inteligente do trânsito e redução nos limites de velocidade fazem capital paulista se destacar no levantamento sobre trânsito nas cidades com mais de 800 mil habitantes em todo o mundo
A cidade de São Paulo caiu 51 posições no TomTom Trafic Index, o mais importante ranking mundial de medição de congestionamentos, feito em 295 metrópoles com mais de 800 mil habitantes, em 38 países. Posicionada em 7º lugar entre as mais congestionadas do mundo em 2013, a capital paulista figura agora na 58ª posição na medição fechada em 2015. A perda de posições retrata uma espetacular melhoria na fluência do trânsito paulistano. Isso se explica por medidas adotadas pela administração municipal no período analisado, como a realização de obras viárias, a ampliação dos corredores exclusivos para ônibus, o aumento da fiscalização, as mudanças de mão em vias estratégicas e, especialmente, a redução nos limites de velocidade de trânsito.
Fundado em 1991 com o objetivo de apurar condições de tráfego nas grandes cidades do mundo e apoiar a construção de soluções para gargalos de mobilidade, o TomTom divulgou nesta semana o seu quinto ranking mundial. A Cidade do México é a metrópole com o mais alto índice do mundo, seguida por Bangkok, na Tailândia, e Istambul, na Turquia. A cidade do Rio de Janeiro foi apontada como a quarta mais congestionada, à frente da capital da Rússia, Moscou.
Com base no Índice de Nível de Congestionamento, o TomTom considera para a feitura do ranking o tempo gasto pelo condutor de um veículo de transporte individual (automóvel) num trajeto determinado em horários de pico e em situações de pistas livres, entre 22h00 e 5h00. A diferença em horas estabelece a classificação de cada cidade.
No Rio de Janeiro, o quarto lugar no ranking mundial indica que, ali, os motoristas gastam 165 horas de vida por ano dentro de congestionamentos. A 58ª posição de São Paulo indica que, aqui, os condutores perdem por ano 103 horas no trânsito lento ou parado. Entre as duas capitais ficou Salvador, na Bahia, Recife, em Pernambuco, e Fortaleza, no Ceará, respectivamente em 7º, 8º e 41º lugares. Os motoristas na capital baiana gastaram 160 horas do ano em seus trajetos, num aumento de 67 horas sobre 2014.
Em linha com as tendências mais modernas de organização de tráfego, a Prefeitura de São Paulo estabeleceu no ano passado o limite de 50 km/h para circulação nas vias arteriais. O resultado se verifica numa forte redução nos acidentes de trânsito, queda brusca no índice de mortalidade e maior fluência na mobilidade veicular, com redução do tempo gasto nas viagens dentro do perímetro urbano.
A perda de 51 posições no ranking de trânsito congestionado mais respeitado do mundo é, sem dúvida, um reflexo direto dos acertos alcançados no manejo das vias públicas da maior cidade da América do Sul.
Entre 10 capitais brasileiras, outra vez São Paulo se destacou, apresentando um índice de 29% de tempo extra gasto no trânsito, contra 47% para o Rio, 43% em Salvador e Recife e 33% em Fortaleza.
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