por Redação — publicado 29/06/2015 09h58
O escândalo ignorado caminha, lenta, mas inexoravelmente. Ou assim parece
Carta Capital
Metrô de São Paulo
De acordo com a denúncia, o grupo formou um conluio empresarial para vencer uma licitação e reformar 98 trens das linhas azul e vermelha.
A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público contra seis executivos de empresas do setor de transportes, entre elas a multinacional francesa Alstom, acusados de formar um cartel para repartir contratos do Metrô de São Paulo. Tornaram-se réus no processo César Ponce de Leon (Alstom), Adagir Abreu (MPE), Wilson Daré, Maurício Memória e David Lopes (Temoinsa). De acordo com a denúncia do promotor Marcelo Mendroni, o grupo formou um conluio empresarial para vencer uma licitação e reformar 98 trens das linhas azul e vermelha, as mais movimentadas. O valor dos contratos sob suspeita é de 1,75 bilhão de reais.
Conforme CartaCapital revelou em 2012, o Metrô pagou pela reforma quase o mesmo valor que gastaria com trens novos. À época, o deputado petista Simão Pedro, hoje secretário de Serviços da prefeitura de São Paulo, denunciou o caso à Promotoria. Mas as investigações só tomaram corpo após a Siemens assinar um acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica em maio de 2013, no qual admitiu participar de um cartel que manipulava licitações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, ambos administrados pelo governo paulista, sob a batuta do PSDB há mais de 20 anos.
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