O doleiro Alberto Youssef, pivô da Operação Lava-Jato, poderá depor sobre suspeitas de desvios de recursos na obra do Monotrilho da Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo. Representantes de empreiteiras envolvidas na construção e um engenheiro, cujo nome aparece em planilha apreendida no escritório do doleiro, também serão chamados a depor.
O Ministério Público estadual de São Paulo (MP-SP) espera o envio de provas da Lava-Jato, já autorizado pelo juiz Sergio Moro.
"Depois de examinadas as provas, os investigados serão chamados a apresentar a versão deles", disse o promotor de Justiça Augusto Rossini.
O inquérito destaca que "além da suspeita de desvio do valor [R$ 7.9 milhões], houve descumprimento do prazo de entrega do referido trecho [estações Oratório e Vila Prudente] do Monotrilho".
A investigação apura improbidade e enriquecimento ilícito.
Uma planilha apreendida em um imóvel do doleiro Alberto Youssef com informações sobre um desvio na licitação de uma linha do metrô da cidade. O doleiro é acusado de comandar um esquema bilionário de desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras.
Uma planilha apreendida com o doleiro revelaria que a proposta é de abril de 2011, com valor de R$ 7.901.280,00. A suspeita é de que este valor tenha sido desviado.
"Considerando-se que a documentação que indicia a existência de irregularidades foi apreendida com Alberto Youssef por força de mandado expedido por ordem deste juízo, solicita a Promotoria o compartilhamento das informações a fim de instruir o inquérito civil supramencionado", diz o despacho de Moro.
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