Guilherme Camargos Tampieri
Uma boa quantidade de pessoas (mais de 4.000!) que acreditam no potencial da bicicleta para melhorar os cenários urbanos de suas cidades está reunida em Medellín, na Colômbia, para participar da 4ª edição do Fórum Mundial da Bicicleta (FMB) ou Foro Mundial da Bici ou, ainda, World Bicycle Forum. Do dia 26 de fevereiro ao dia 1 de março, inúmeras atividades acontecerão pelas ruas de Medellín e terão a bicicleta como elo para conectar pessoas, organizações e cidades.
O Fórum teve suas três primeiras edições no Brasil e, com seu sucesso, esse ano ganhou o continente latino-americano. Por lá, as pessoas já estão se organizando para votarem onde serão as próximas edições do Fórum. Cidades brasileiras, colombianas, peruanas e até estadunidenses já estão no páreo.
Esse ano, o tema central do Fórum, escolhido colaborativamente, é: Cidades para todos. Não por acaso, ele é uma das maiores ágoras ciclísticas que se tem no mundo, com toda pluralidade que podemos imaginar. Nele, gestores, sociedade civil, empresas, outros tipos e formas de organização e cidadãos e cidadãs estão unidos por um objetivo principal: promover o uso da bicicleta enquanto modo de transporte pelo mundo. Como está dito na página inicial do Fórum: ele é um evento feito de cidadãos para cidadãos.
Pelo mundo? Sim, mas que mundo é esse? Por aqui, no velho continente, o silêncio de grandes organizações europeias de ciclistas sobre o FMB é, para mim, sintomático. Pesquisei o último mês de postagens no Facebook e no Twitter destas instituições e busquei palavras-chaves nos respectivos sites. Alguns exemplos:
Na Federação Europeia de Ciclismo, não encontrei, sequer, uma menção em todas as plataformas que busquei.
A MUBi, Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta, de Portugal, também não citou o acontecimento do Fórum, embora tenha ‘retuitado’ uma mensagem do site Vá de Bike sobre as ciclovias em São Paulo.
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