A cor chamativa das ciclofaixas e ciclovias holandesas chama bastante atenção, demarcando o espaço exclusivo dos ciclistas. Mas ao contrário do que se pode pensar, a cor não é obtida com aplicação de tinta, mas com uma camada de asfalto colorido.
O vídeo abaixo, dica do leitor Leone Cesca, mostra o processo de recapeamento de uma rua com ciclofaixas. Sim, ciclofaixas, no plural: há uma de cada lado da via. Foram usadas máquinas separadas para a área dos carros e as das bicicletas. É possível perceber que o asfalto já vem vermelho.
As ciclovias na Holanda não são sempre vermelhas. Não há lei determinando a cor a ser utilizada, ficando a cargo de cada município. Mas há diversos estudos sobre as cores mais apropriadas para cada situação. Em certos casos, nem é necessário colorir o pavimento. A cor vermelha é bastante utilizada para indicar pontos de conflito ou de atenção.
E por aqui?
Não há padronização no Brasil para o método de pintura ou pavimentação de ciclovias e ciclofaixas. Em muitos casos, a utilização de tinta inadequada faz com que a ciclovia se torne escorregadia na chuva, causando acidentes e colocando os ciclistas em risco.
É o que aconteceu com a primeira etapa da Ciclovia Rio Pinheiros, em São Paulo: as quedas (e reclamações) eram constantes. Quando ela foi expandida, outro tipo de pintura foi utilizado, resolvendo o problema ao menos no novo trecho. Veja aqui qual foi a solução.
No Parque do ibirapuera, também na capital paulista, a solução foi uma tinta específica para ciclovias, que tem se mostrado adequada mesmo quando chove. Veja aqui.
Já na Av. Faria Lima, ainda em São Paulo, a solução foi mais próxima da holandesa: um pigmento em pó foi acrescentado ao concreto, sendo misturado ainda dentro do caminhão, para que fosse aplicado já na coloração desejada.
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