terça-feira, 26 de maio de 2015

São Paulo chega a marca de 8 milhões de carros emplacados, diz levantamento

RENATO LOBO

Ainda que existam politicas públicas voltadas para investimentos em transportes coletivos na maior cidade brasileira, não para de crescer o número de carros emplacadas na capital paulista. Segundo levantamento do portal G1, a frota da capital paulista chega a 8 milhões de veículos nesta segunda-feira (24).
Trata-se de uma projeção com base no número de novos emplacamentos diários feitos pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), ou seja, 723 novos carros todos os dias.
Em março de 2011, quando a frota da capital bateu a casa de 7 milhões, São Paulo tinha aproximadamente um carro para cada 2,19 habitante se levadas em conta as projeções populacionais da Fundação Seade. Hoje, essa relação baixou para 2,03.
Especialistas que não enxergam outra solução a não ser por investimento maciço em transporte público. “Gastar com pontes e túneis hoje em São Paulo é jogar dinheiro fora. Em um mês se exaure”, afirma o consultor Horácio Figueira.
O professor da área de transportes da Unicamp Carlos Alberto Bandeira Guimarães, também ouvido pela reportagem, compara a cidade de São Paulo a um baile. “Vai chegando gente e o salão não aumenta de tamanho. O espaço viário para circularem não cresce nessa proporção.”.
O especialista lembra das melhorias trazidas por uma nova linha de Metrô ou um corredor de ônibus. Ele lembra que o investimento em faixas de ônibus na atual gestão Fernando Haddad, quando foram inaugurados 475,4 km de faixas e corredores de ônibus, teve o mérito de melhorar a velocidade dos ônibus, tornando o serviço mais atrativo.
A matéria não cita, mas cabe lembrar também os investimentos feitos pelo governo do estado na ampliação da malha metroferroviária, com cerca de 7 obras sendo executadas ao mesmo tempo.
Mudança de cultura
Horácio Figueira opina também que a mudança precisa ser cultural. “As pessoas já se acostumaram no padrão de conforto do carro, mesmo sofrendo duas horas, a pessoa não vê outra alternativa”, diz.

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