segunda-feira, 25 de maio de 2015

Ciclovia: contra, só a classe média que não quer o avanço

Conversa Afiada

“Minhas pernas estavam até inchadas de tanto ficar em pé nos ônibus”.




“[Contra a ciclovia] a classe média usa aquele argumento de que São Paulo não é Paris e nem Londres. Parece que eles não querem que seja também”.

É o que diz o jovem Vitor Mattos, que usa a bicicleta como meio de transporte para ir ao trabalho todos os dias.

Assim como Mattos, são 261 mil ciclistas na capital paulista. De acordo com pesquisa do Ibope em 2014, em um ano, o número de paulistanos que usam bicicletas como meio de transporte cresceu 50% na cidade.

O aumento de usuários coincide com a construção de ciclovias em vários pontos da metropole. Até 2013, havia 64,7 km de ciclovias e 34 km de rotas na cidade, quantidade inferior quando comparada a outras metrópoles, como Rio, Bogotá, Nova York e Berlim.

Com a eleição de Fernando Haddad (PT-SP), que prometeu construir 400 km de ciclovias até o fim do primeiro mandado em 2016, São Paulo tem atualmente 323,6 km de vias destinadas aos ciclistas.

Desde junho de 2014, foram inaugurados 224,9 km de vias destinadas ao meio de transporte.

Ainda segundo a pesquisa, 88% dos paulistanos apoiam as faixas exclusivas, que reduziram o tempo gasto no trânsito pelos usuários.

“Eu venho da Vila Santa Catarina [região do Jabaquara, zona sul de São Paulo] . Minhas pernas ficavam inchadas de tanto ficar em pé nos ônibus. Antes, eu chegava em casa após o trabalho por volta das 20h. Hoje, chego por volta das 18h”, declara um ciclista à TV Afiada, que o entrevistou na região do metrô Ana Rosa, cerca de 8 km de distância do seu bairro.

Na última semana, o Conversa Afiada foi às ruas de São Paulo ouvir os principais personagens envolvidos na questão, que relatam o que mudou em suas rotinas com o uso de uma das bandeiras da candidatura do prefeito Haddad.

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