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Ônibus elétrico gasta 82% menos energia do que veículo a diesel
Veículo percorreu mais de 21 mil quilômetros e foi acompanhado de perto por um ônibus articulado diesel
ADAMO BAZANI – CBN
Além de não emitir nenhum tipo de poluição durante as operações, o ônibus elétrico articulado da Eletra, desenvolvido em parceria com a Mitsubishi, movido somente com energia acumulada nas baterias, é econômico.
Pelo menos é o que mostram os resultados dos testes realizados no E-bus, divulgados nesta segunda-feira pela Eletra.
“A vantagem foi verificada no consumo específico por tonelada.” – diz a empresa.
De acordo com o levantamento, o gasto energético do ônibus nacional com baterias é 82% inferior em comparação com um ônibus do mesmo porte movido a diesel, que foi usado nos testes como “sombra”, ou seja, logo em seguida ao veículo elétrico, já vinha um a combustção para fazer as comparações no mesmo trajeto e nas mesmas condições operacionais e até mesmo climáticas.
Como as duas matrizes energéticas são diferentes, para os cálculos, a quantidade de litros por quilômetro de diesel consumida foi transformada em Kw/h – quilowatts/hora através de cálculos matemáticos.
De acordo com a Eletra, uma das características de o ônibus E-bus ter ser comportado de maneira mais econômica foi o sistema de recuperação de energia nas frenagens, momentos de parada ou de menos esforço do ônibus, que foi responsável por 33% da carga recebida pelas baterias em média.
Por seis meses, entre março de 2014 e agosto de 2014, o E-bus percorreu 21 mil e 81 quilômetros e transportou 94 mil 314 passageiros no trecho do Corredor Metropolitano ABD entre o Terminal Diadema, no ABC Paulista, onde há um ponto de recarga das baterias, e a estação Brooklin, da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, na zona Sul da Capital Paulista. O veículo é operado pela Metra – Sistema Metropolitano de Transporte, do mesmo grupo empresarial da Eletra, gerido pela família Setti & Braga, de São Bernardo do Campo.
“ O consumo médio de energia no percurso de 23,6 quilômetros (ida e volta) foi de 58 kWh, gasto similar ao de dez chuveiros elétricos ligados durante 1 hora. Em termos financeiros, o custo com energia por tonelada do E-bus foi 56% inferior ao custo do “sombra”. “O relatório aponta que esses dados estão sujeitos às flutuações de preços do mercado, mas as vantagens do E-bus são indiscutíveis. A emissão de poluentes é zero”, ressalta Iêda Maria Oliveira, gerente comercial da Eletra. O relatório dos testes mostra ainda que sob condições semelhantes, o E-bus apresentou melhor eficiência energética (em kWh/km). Ele consumiu 72% menos energia para percorrer a mesma distância, ainda que com peso médio em operação de 9.175 kg superior ao do sombra.” – diz nota da Eletra que ainda explica que “O veículo tem emissão zero de gases poluentes e a energia vem de um conjunto de 14 baterias, que precisa de apenas 3 horas para recarga total, garantindo autonomia operacional de 200 km. O veículo conta ainda com um sistema de recarga rápida, que pode ser feito em 5 minutos, oferecendo mais 11 km de autonomia.”
A Eletra detalhou também as principais características do ônibus e relacionou os principais dados dos testes. Confira:
CONFIGURAÇÕES
O E-bus foi produzido com chassi Mercedes-Benz, carroceria Induscar/Caio e motor elétrico WEG. O ônibus é um veículo articulado, dispõe de ar condicionado e tem capacidade para 126 passageiros. A tecnologia das baterias e das estações de recarga foi desenvolvida pela Mitsubishi Heavy Industries. Já o chassi, carroceria e todo o sistema elétrico de tração são fabricados no Brasil, semelhantes aos trólebus desenvolvidos pela Eletra. A interface entre os dois sistemas foi desenvolvida pelas engenharias das duas empresas, Eletra e Mitsubishi Heavy Industries.
– Frenagem Regenerativa
Conhecido como “frenagem regenerativa” ou “KERS (Kinetic Energy Recovery System – Sistema de Recuperação de Energia Cinética), como ficou conhecido na Fórmula 1, o sistema utilizado nos veículos da Eletra permite que quando o freio é acionado, o motor elétrico vire um gerador e a energia que seria desperdiçada na frenagem é reaproveitada e armazenada no banco de baterias.
ELETRA
A Eletra está no mercado há mais de 30 anos e fabrica veículos elétricos nas versões trólebus (rede aérea); híbrido (grupo motor gerador + baterias), e elétrico puro (baterias). Em 1999, a Eletra criou o primeiro ônibus elétrico híbrido com tecnologia brasileira. Hoje, a marca está presente em 300 trólebus e em 45 híbridos em operação na Grande São Paulo, além de cidades como Rosário, na Argentina, e Wellington, na Nova Zelândia.
Dados Operacionais:
Km percorrido 21.081km
Média Km/mês 3.513,5 km
Tempo de operação 1.099 horas
Velocidade média 19 km/h
Número de viagens 801
Número de viagens/dia 7
Passageiros transportados 94.314
Veículo percorreu mais de 21 mil quilômetros e foi acompanhado de perto por um ônibus articulado diesel
ADAMO BAZANI – CBN
Além de não emitir nenhum tipo de poluição durante as operações, o ônibus elétrico articulado da Eletra, desenvolvido em parceria com a Mitsubishi, movido somente com energia acumulada nas baterias, é econômico.
Pelo menos é o que mostram os resultados dos testes realizados no E-bus, divulgados nesta segunda-feira pela Eletra.
“A vantagem foi verificada no consumo específico por tonelada.” – diz a empresa.
De acordo com o levantamento, o gasto energético do ônibus nacional com baterias é 82% inferior em comparação com um ônibus do mesmo porte movido a diesel, que foi usado nos testes como “sombra”, ou seja, logo em seguida ao veículo elétrico, já vinha um a combustção para fazer as comparações no mesmo trajeto e nas mesmas condições operacionais e até mesmo climáticas.
Como as duas matrizes energéticas são diferentes, para os cálculos, a quantidade de litros por quilômetro de diesel consumida foi transformada em Kw/h – quilowatts/hora através de cálculos matemáticos.
De acordo com a Eletra, uma das características de o ônibus E-bus ter ser comportado de maneira mais econômica foi o sistema de recuperação de energia nas frenagens, momentos de parada ou de menos esforço do ônibus, que foi responsável por 33% da carga recebida pelas baterias em média.
Por seis meses, entre março de 2014 e agosto de 2014, o E-bus percorreu 21 mil e 81 quilômetros e transportou 94 mil 314 passageiros no trecho do Corredor Metropolitano ABD entre o Terminal Diadema, no ABC Paulista, onde há um ponto de recarga das baterias, e a estação Brooklin, da CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, na zona Sul da Capital Paulista. O veículo é operado pela Metra – Sistema Metropolitano de Transporte, do mesmo grupo empresarial da Eletra, gerido pela família Setti & Braga, de São Bernardo do Campo.
“ O consumo médio de energia no percurso de 23,6 quilômetros (ida e volta) foi de 58 kWh, gasto similar ao de dez chuveiros elétricos ligados durante 1 hora. Em termos financeiros, o custo com energia por tonelada do E-bus foi 56% inferior ao custo do “sombra”. “O relatório aponta que esses dados estão sujeitos às flutuações de preços do mercado, mas as vantagens do E-bus são indiscutíveis. A emissão de poluentes é zero”, ressalta Iêda Maria Oliveira, gerente comercial da Eletra. O relatório dos testes mostra ainda que sob condições semelhantes, o E-bus apresentou melhor eficiência energética (em kWh/km). Ele consumiu 72% menos energia para percorrer a mesma distância, ainda que com peso médio em operação de 9.175 kg superior ao do sombra.” – diz nota da Eletra que ainda explica que “O veículo tem emissão zero de gases poluentes e a energia vem de um conjunto de 14 baterias, que precisa de apenas 3 horas para recarga total, garantindo autonomia operacional de 200 km. O veículo conta ainda com um sistema de recarga rápida, que pode ser feito em 5 minutos, oferecendo mais 11 km de autonomia.”
A Eletra detalhou também as principais características do ônibus e relacionou os principais dados dos testes. Confira:
CONFIGURAÇÕES
O E-bus foi produzido com chassi Mercedes-Benz, carroceria Induscar/Caio e motor elétrico WEG. O ônibus é um veículo articulado, dispõe de ar condicionado e tem capacidade para 126 passageiros. A tecnologia das baterias e das estações de recarga foi desenvolvida pela Mitsubishi Heavy Industries. Já o chassi, carroceria e todo o sistema elétrico de tração são fabricados no Brasil, semelhantes aos trólebus desenvolvidos pela Eletra. A interface entre os dois sistemas foi desenvolvida pelas engenharias das duas empresas, Eletra e Mitsubishi Heavy Industries.
– Frenagem Regenerativa
Conhecido como “frenagem regenerativa” ou “KERS (Kinetic Energy Recovery System – Sistema de Recuperação de Energia Cinética), como ficou conhecido na Fórmula 1, o sistema utilizado nos veículos da Eletra permite que quando o freio é acionado, o motor elétrico vire um gerador e a energia que seria desperdiçada na frenagem é reaproveitada e armazenada no banco de baterias.
ELETRA
A Eletra está no mercado há mais de 30 anos e fabrica veículos elétricos nas versões trólebus (rede aérea); híbrido (grupo motor gerador + baterias), e elétrico puro (baterias). Em 1999, a Eletra criou o primeiro ônibus elétrico híbrido com tecnologia brasileira. Hoje, a marca está presente em 300 trólebus e em 45 híbridos em operação na Grande São Paulo, além de cidades como Rosário, na Argentina, e Wellington, na Nova Zelândia.
Dados Operacionais:
Km percorrido 21.081km
Média Km/mês 3.513,5 km
Tempo de operação 1.099 horas
Velocidade média 19 km/h
Número de viagens 801
Número de viagens/dia 7
Passageiros transportados 94.314
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