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Licitação dos ônibus na Capital Paulista só deve ser iniciada em março de 2015
Relatório final da auditoria sobre as contas do sistema deve ficar pronto em 10 de dezembro. Haddad prevê de 60 a 90 dias para começar processo de concorrência
ADAMO BAZANI – CBN
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 17 de novembro de 2014, que somente em março de 2015 é que deve ser iniciado o processo de licitação das linhas de ônibus de empresas e cooperativas da Capital Paulista. Isso representa dois anos de atraso em relação ao final dos contratos, em 2013, que foram prolongados. Estes contratos inicialmente foram renovados até o final de 2014 e agora até julho de 2015. Isso porque, se houver mesmo o início da licitação em março, ela deverá demorar mais três meses para ser concluída.
Fernando Haddad confirmou informação divulgada pelo Blog Ponto de Ônibus e pela Rádio CBN que o relatório final da auditoria da Ernest & Young sobre as contas e a qualidade do sistema dos transportes de São Paulo deve ser apresentado no dia 10 de dezembro deste ano.
Haddad disse que não há um prazo para o início da licitação, mas que normalmente o processo de análise do resultado da auditoria e a elaboração do edital deve demorar entre 60 dias e 90 dias.
O relatório final também atrasou e era para ser entregue em junho. Depois foi mudado para outubro.
O primeiro relatório apresentado na semana passada mostra ao menos 640 falhas na contabilidade do sistema de transportes da cidade de São Paulo.
Entre elas estão diferenças muito grandes entre o que as empresas dizem ter como custo e como lucro em comparação aos dados de pagamento de impostos. Isso forçaria mais pagamento de subsídios e pressão por tarifas maiores. O SPUrbanuss, sindicato das empresas de ônibus, não comentou o relatório inicial.
A licitação seria realizada no meio do ano passado, mas após as manifestações de junho de 2013, por pressão política, a administração decidiu adiar a concorrência pública que, à época, concentraria os serviços das empresas em três SPEs – Sociedades de Propósito Específico, mas pulverizaria a atuação das cooperativas que partiriam de oito para onze ou até treze garagens.
O contrato de concessão seria de R$ 46,5 bilhões com prazo de 15 anos para as empresas e de 10 anos para as cooperativas.
Apesar de possíveis mudanças de remuneração das empresas após a auditoria, a estrutura dos transportes na cidade de São Paulo deve continuar a mesma: nas linhas de cooperativas apoiadores políticos. Já os serviços de empresas devem continuar sendo comandados por grandes grupos, como de José Ruas Vaz, Belarmino de Ascenção Marta, famílias Abreu e Saraiva, além de empresários menores.
Relatório final da auditoria sobre as contas do sistema deve ficar pronto em 10 de dezembro. Haddad prevê de 60 a 90 dias para começar processo de concorrência
ADAMO BAZANI – CBN
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 17 de novembro de 2014, que somente em março de 2015 é que deve ser iniciado o processo de licitação das linhas de ônibus de empresas e cooperativas da Capital Paulista. Isso representa dois anos de atraso em relação ao final dos contratos, em 2013, que foram prolongados. Estes contratos inicialmente foram renovados até o final de 2014 e agora até julho de 2015. Isso porque, se houver mesmo o início da licitação em março, ela deverá demorar mais três meses para ser concluída.
Fernando Haddad confirmou informação divulgada pelo Blog Ponto de Ônibus e pela Rádio CBN que o relatório final da auditoria da Ernest & Young sobre as contas e a qualidade do sistema dos transportes de São Paulo deve ser apresentado no dia 10 de dezembro deste ano.
Haddad disse que não há um prazo para o início da licitação, mas que normalmente o processo de análise do resultado da auditoria e a elaboração do edital deve demorar entre 60 dias e 90 dias.
O relatório final também atrasou e era para ser entregue em junho. Depois foi mudado para outubro.
O primeiro relatório apresentado na semana passada mostra ao menos 640 falhas na contabilidade do sistema de transportes da cidade de São Paulo.
Entre elas estão diferenças muito grandes entre o que as empresas dizem ter como custo e como lucro em comparação aos dados de pagamento de impostos. Isso forçaria mais pagamento de subsídios e pressão por tarifas maiores. O SPUrbanuss, sindicato das empresas de ônibus, não comentou o relatório inicial.
A licitação seria realizada no meio do ano passado, mas após as manifestações de junho de 2013, por pressão política, a administração decidiu adiar a concorrência pública que, à época, concentraria os serviços das empresas em três SPEs – Sociedades de Propósito Específico, mas pulverizaria a atuação das cooperativas que partiriam de oito para onze ou até treze garagens.
O contrato de concessão seria de R$ 46,5 bilhões com prazo de 15 anos para as empresas e de 10 anos para as cooperativas.
Apesar de possíveis mudanças de remuneração das empresas após a auditoria, a estrutura dos transportes na cidade de São Paulo deve continuar a mesma: nas linhas de cooperativas apoiadores políticos. Já os serviços de empresas devem continuar sendo comandados por grandes grupos, como de José Ruas Vaz, Belarmino de Ascenção Marta, famílias Abreu e Saraiva, além de empresários menores.
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