O novo terminal de passageiros do Cumbica seguirá o modelo de aeroportos da Europa e da Ásia, com fachada envidraçada, iluminação natural, pé direito alto e um saguão sem barreiras físicas. Heathrow (Londres), Incheon (Coreia do Sul), Narita (Japão) e Hong Kong foram as inspirações para o projeto.
A Folha teve acesso, em primeira mão, à maquete eletrônica do projeto -que tem previsão de abertura ao público em maio do ano que vem, antes da Copa.
Para o passageiro, haverá diferenças práticas: o check-in não será mais nos fundos do saguão, como nos terminais atuais 1 e 2, mas sim em “ilhas” espalhadas no meio do átrio -outro conceito de aeroportos estrangeiros. Dentro, totens de autoatendimento permitirão ao passageiro, além de fazer o check-in, despachar a própria mala sozinho, algo inédito em aeroportos brasileiros.
A sala de embarque será cercada por vidro, de modo a permitir a visão para a pista e para o movimento de aviões. A maior parte das lojas ficará depois do embarque, e não antes, como hoje.
Outra diferença estará na área de bagagens, que será um longo corredor com esteiras mais largas e com sistema automatizado. As esteiras atuais são da época de inauguração do aeroporto, em 1985.
“Procuramos trazer uma arquitetura eficiente. Será um terminal com corredores largos, com pé direito alto, que tornará mais fácil para o passageiro se localizar”, diz Gustavo Figueiredo, assessor da presidência da GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto desde 2012.
Desafogar
Feito para 12 milhões de passageiros por ano, o terminal 3 irá desafogar o movimento em Cumbica, maior aeroporto do país e que há anos opera acima da capacidade.
Um terço dos voos -quase todos os que chegam ou saem para o exterior- migrará para o novo terminal.
Um terço dos voos -quase todos os que chegam ou saem para o exterior- migrará para o novo terminal.
Os atuais terminais 1 e 2 atenderão voos domésticos e e alguns na América da Sul. Depois da Copa, ambos serão reformados -a GRU Airport contratou a Aeroportos de Paris, que gere os dois maiores aeroportos franceses.
A construção de um novo terminal e a melhora do nível de serviço ao passageiro foram exigências do edital que concedeu Cumbica à iniciativa privada. Abrir antes da Copa do Mundo, também.
O projeto do terminal 3 é do grupo Typsa, responsável pelo novo terminal de Barcelona. Quatro arquitetos assinam o projeto, dos quais três espanhóis e o brasileiro Andrei de Mesquita Almeida.
Fonte: Folha de S. Paulo, Por Ricardo Gallo
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