A Companhia Brasileira dos Trens Urbanos do Rio Grande do Norte (CBTU-RN) promete divulgar nos próximos dias a empresa vencedora da licitação que contempla a aquisição de 12 Veículos Leves Sobre Trilhos (VLTs) para Natal e Região Metropolitana. Duas empresas apresentaram propostas no certame realizado no último dia 31 de outubro, na sede nacional da CBTU, no Rio de Janeiro.
A Bom Sinal Indústria e Comércio Ltda foi a que apresentou o menor preço: R$ 182.031.342,57 para a aquisição de 20 locomotivas – 12 para o RN e oito para a Paraíba. A homologação é aguardada pelo superintendente da CBTU-RN, João Maria Cavalcanti, até o final deste mês. As obras de revitalização da linha férrea já começaram no bairro da Ribeira, em Natal.
Além de trocar os trilhos, as paradas serão modernizadas e o piso elevado para o embarque e desembarque. A integração com o transporte rodoviário ainda depende de acordo com o governo do estado, informou o superintendente da CBTU-RN.
A CBTU-RN garantiu recursos da ordem de R$ 154 milhões, disponibilizados pelo Ministério das Cidades através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos. Este montante, segundo Cavalcanti, é suficiente para a compra dos 12 VLTs e revitalização de aproximadamente 50 km da linha já existente, ligando Natal a três cidades da região metropolitana: Extremoz, Ceará-Mirim e Parnamirim.
A expectativa da CBTU-RN é de que até maio de 2014, um mês antes da Copa do Mundo, pelo menos dois dos 12 veículos comprados para Natal estejam funcionando.
Dois projetos para uma única obra
Tudo estaria certo, se uma outra instância – o governo do estado – não tivesse também surgido como protagonista do projeto do VLT de Natal.
Um ‘mistério’, já que, para um mesmo projeto, além da CBTU (através da sua superintendência regional no RN) também o estado do RN garantiu recursos no Ministério das Cidades. Neste caso, através do PAC da Mobilidade Grandes Cidades. Este o teor da carta consulta (000092.02.73/2001-33), divulgada no Diário Oficial da União do último dia 30 de abril, onde consta a liberação de R$ 136 milhões “para o governo do estado revitalizar a linha Ribeira (bairro da antiga Natal) – Extremoz (cidade da Região Metropolitana)”. O trecho é menor do que aquele compreendido pelo projeto da CBTU-RN, mas ainda assim a ele sobreposto.
Ao ser indagado pelo repórter do Mobilize sobre o projeto de revitalização e compra dos VLTs pela CBTU-RN, o secretário da Copa pelo governo do RN e diretor do DER-RN, Demétrio Torres, disse que não tem nada a declarar sobre o caso. “O que sei é o que foi publicado no Diário Oficial”, alegou Demétrio, referindo-se ao documento que oficializa o empréstimo ao governo potiguar.
Ainda segundo Torres, o projeto ainda não está definido, porque se está na fase de levantamento de dados. Só depois da licitação será contratada a empresa responsável pelo projeto executivo do VLT, explicou.
Ainda de acordo com o secretário, não há nenhuma desavença política com a CBTU-RN. Por sua vez, João Maria Cavalcanti diz que ainda não foi procurado pelo governo do RN e que o projeto de VLT oficial é o que já existe e está sendo tocado pela CBTU-RN. Quem explica?
O VLT de Natal (CBTU-RN) em detalhes
Cada VLT será composto por três carros, em bitola métrica, movidos à tração diesel elétrica e hidráulica; tem 18 metros de comprimento e capacidade para transportar 600 passageiros por viagem. A expectativa é para que o número de passageiros possa passar dos atuais 4 mil para 50 mil/dia.
O novo ‘metrô de superfície’ percorrerá 40km/h (os trens que percorrem não chegam a 20 km/h). De acordo com Cavalcanti, “a empresa vencedora da licitação terá quarenta e sete meses para cumprir o contrato e os dois primeiros veículos devem ser entregues quinze meses depois da assinatura, que deve acontecer no início do primeiro semestre de 2013”.
Os outros 11 serão entregues a cada dois meses. E em meados de 2015, os 12 VLTs devem estar em pleno funcionamento no trecho que liga as quatro cidades.
Dois carros motor com cabine
Um carro reboque
Comprimento: 18 m
Capacidade: 16 passageiros
Bitola de Via: 1 m
Altura do Piso: 1,10 m
Motor: diesel elétrico e diesel hidráulico
Velocidade máxima: 80 km/h
Carro acessível com dispositivo para resgate de pessoas com mobilidade reduzida
Piso antiderrapante
Local para cadeira de rodas
Assentos preferenciais
Alarme sonoro
Sinalização visual
Portas automáticas (três vãos de portas de 1,30 m de largura deslizantes em cada carro)
Porta de emergência em cada lateral do carro
Ar-condicionado a temperatura de 22 graus
Um carro reboque
Comprimento: 18 m
Capacidade: 16 passageiros
Bitola de Via: 1 m
Altura do Piso: 1,10 m
Motor: diesel elétrico e diesel hidráulico
Velocidade máxima: 80 km/h
Carro acessível com dispositivo para resgate de pessoas com mobilidade reduzida
Piso antiderrapante
Local para cadeira de rodas
Assentos preferenciais
Alarme sonoro
Sinalização visual
Portas automáticas (três vãos de portas de 1,30 m de largura deslizantes em cada carro)
Porta de emergência em cada lateral do carro
Ar-condicionado a temperatura de 22 graus
Fonte: Mobilize Brasil, Por George Fernandes
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