Anúncio foi feito durante o início da Fenatran e agradou empresários e fabricantes
ADAMO BAZANI
Após a polêmica resolução de 23 de outubro de 2015, que retirou recursos do Finame- PSI, a principal linha de financiamentos para ônibus e caminhões, o governo federal decidiu voltar atrás e abriu novamente a possibilidade para novas adesões.
A revelação foi feita na manhã desta segunda-feira, dia 9 de novembro de 2015, pelo presidente da Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Luiz Moan Yabiku Junior, durante a abertura da Fenatran – Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Carga.
No último dia 23 de outubro, o CMN – Conselho Monetário Nacional aprovou resolução que cortou R$ 30,5 bilhões do PSI – Programa de Sustentação do Crescimento.
O limite do PSI caiu de R$ 50 bilhões para R$ 19,5 bilhões.
Além de ter limitado os recursos, o governo federal alterou as datas de contração da linha antecipando para o final do mês passado o prazo para que os interessados em financiar um ônibus e caminhões novos pudessem protocolar os pedidos para 2015.
Este prazo voltou ao normal, que é dia 31 de dezembro.
Apesar de ter havido no início deste ano elevação dos juros, ainda as taxas do PSI são mais competitivas e atraentes do que outras linhas de financiamento.
Além das empresas que fabricam ônibus e caminhões, a medida vai beneficiar também outras indústrias de bens de capital e de projetos de inovação.
ÔNIBUS E CAMINHÕES:
Para pequenas e médias empresas, há cobertura de 90% do valor do ônibus ou caminhão, sendo que 70% têm juros de 9,5% ao ano e sobre os outros 20% incidem 17%. O prazo de pagamento é de seis anos. Para as grandes empresas, o financiamento também é de 90%, sendo que sobre 50% incidem 10% de juros e sobre os outros 40% do valor do ônibus ou caminhão, os juros são de 17,5%. O prazo também é de seis anos.
O PSI – Programa de Sustentação do Crescimento foi criado em 2009 como uma forma de tentar contornar os efeitos da crise econômica mundial em 2008. O objetivo era estimular os setores produtivos, exportação e os investimentos para a economia interna, com foco em bens de capital e inovação. Os financiamentos são concedidos pelo BNDES e pela Finep – Financiadora de Estudos e Projetos e os recursos são subvencionados pela União.
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