Do GGN
A Cidade do México se une ao esforço global por novas cidades: menos velozes e mais seguras
por Marcos O. Costa
O trânsito mata cerca de 15 mil pessoas todo o ano no México, o que o coloca como o sétimo com maior número de mortos no trânsito em todo o mundo. Os custos para tratar das consequências destas mortes e lesões alcançam mais de 3% do PIB mexicano. Estatísticas apontam que 80% destas ocorrências são causadas por imprudência dos motoristas, em especial o excesso de velocidade. Cerca de 10% destas mortes ocorrem na capital do país.
No dia 8 de outubro de 2015 a cidade publicou a sua versão do Plano Visión Cero. Ele segue a premissa de outros planos já adotados como os de Nova York, São Francisco e Estocolmo, onde a ideia surgiu: mortes no trânsito são inaceitáveis. Assim o plano prevê as seguintes ações:
. redução do limite de velocidade de 70 km/h para 50 km/h
. obrigatoriedade do uso do cinto de segurança
. aumento do valor das multas por excesso de velocidade, estacionamento nas calçadas
. proibição da conversão livre de veículos à direita
Paralelamente a estas ações, a prefeitura da cidade implementa um programa de reforma das ruas denominado Calles Completas . Este consiste no redesenho dos cruzamentos de pedestres e no detalhamento urbano, de modo a obter um espaço público mais seguro para os pedestres.
A Cidade do México é mais uma a se integrar ao esforço global, em busca de cidades mais seguras e amigáveis aos pedestres. E dada a similaridade das realidades dos dois países, ela é um bom exemplo para qualificar o debate sobre as cidades do Brasil.
Calles Completas México. Fonte: http://mexico.itdp.org
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