Quem já esteve no exterior e utilizou sistemas de transportes, sempre relata em algum momento que presenciou a cobrança da tarifa de maneira espontânea por parte dos passageiros, inclusive sem a presença de catracas. Sempre o relato da experiência vem acompanhado da lamentação de que isto não funcionaria no Brasil.
Porém, a forma de cobrança será testada no Rio de Janeiro. A chamada “validação voluntária” será adotado ao longo de todo o trajeto do VLT que está sendo construído no município. Em grande parte das estações, a validação será feita voluntariamente em equipamentos dentro do veículo, que não contará com roleta nem cobrador. Fiscais devem verificar a validação dos bilhetes. Quem usar do famoso “jeitinho brasileiro”, e tentar viajar de graça, será convidado a se retirar do trem, inclusive com a presença da PM ou da Guarda Municipal.
De acordo com o subsecretário de Projetos Estruturais da Secretaria Especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas, Gustavo Guerrante, por uma questão de legislação a concessionária não tem o poder de punição.“Poderemos usar mais de um meio de controle. Estamos estudando as tecnologias disponíveis. No local onde for detectada evasão, intensificaremos a fiscalização” — disse Guerrante.
O subsecretário acredita que a taxa de evasão será baixa: “É uma mudança de paradigma no modo como é feita a cobrança no transporte público no Brasil. A gente espera que a maior parte das pessoas use o bilhete único, porque a vantagem é grande na integração com outros meios de transporte” – completa.
O valor cobrado será o mesmo dos ônibus municipais. Serão aceitos os bilhetes únicos estadual e municipal, além da passagem do próprio VLT. O Governo estima a operação da linha em 2016.
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