Base do governo não se entende e prejudica ampliação da linha 4 do Metrô
A bancada governista da Assembleia Legislativa de São Paulo vem batendo cabeça para aprovação do Projeto de Lei (PL) 1189/2015 que autoriza o Poder Executivo a realizar empréstimo no valor de US$ 210.000.000,00 (duzentos e dez milhões de dólares) junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) para ampliação da Linha 4 do Metrô – Fase II.
Desde a tarde de ontem, 23/09, não é possível colocar o PL em votação por falta de quórum. Na tarde de hoje, 24/09, estiveram presentes 22 dos 48 deputados necessários para que a votação pudesse acontecer. A sessão foi encerrada depois que o líder da bancada do PT, Geraldo Cruz, pediu a verificação de presença dos deputados.
O primeiro empréstimo para a Linha 4 é de 1994, mas a obra só entrou em execução com a licitação que se realizou em 2003. Isto é, com atraso de nove anos. Em outubro de 2003, foi finalmente assinado o contrato, que deveria ter terminado em 42 meses, ou seja, em abril de 2007, mas se prorrogou até 2011. O Consorcio Via Amarela, que tem entre seus membros a Alston e várias empresas do cartel das empreiteiras, ganhou dois lotes da obra e o terceiro lote foi ganho pela Consórcio Camargo Corrêa / Andrade Gutierrez / Siemens.
Depois de quatro anos de atraso, o governo entregou, com a conclusão da primeira fase da Linha 4, duas estações em maio de 2010 e outras quatro em 2011. Em março de 2012, o governador Alckmin anunciou o início da segunda fase, que deveria ser entregue em abril de 2014.
O Lote 1, com acabamento do pátio, estações e do terminal Vila Sônia, e o lote 2, que tinha como objeto a Estação Vila Sônia e extensão, deveriam ter as obras encerradas em outubro de 2014. “Com este novo pedido de empréstimo Alckmin assume que deveria terminar em 2018, ou seja, mais quatro anos de atraso. Chegaremos então ao absurdo de 14 anos de atraso para terminar esta linha tão importante para os paulistas e para os moradores de Taboão, Embu das Artes e região”, explica Geraldo Cruz.
Este novo adiamento pode custar mais alguns milhões, tendo em vista que o atraso anterior levou a concessionária VIA Quatro a requerer do Estado pagamento pelo fato da linha não estar pronta e este já ter os trens e os sistemas para o início da operação. (CB)
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