O projeto Ruas Vivas, ou Leefstraat, começou em 2013 com um pedido à população: que imaginassem como seria um futuro sustentável para a cidade. O desejo das pessoas, conforme foi possível aferir, eram zonas livres de carros – pequenas praças com vias para a circulação de bicicletas e transporte público e espaço de lazer para crianças e adultos.
O resultado foi colocado em prática e transformou a paisagem de 22 ruas da cidade. “Entendemos”, afirmaram os organizadores do projeto, “que uma visão por si só não iria mudar o mundo”. E assim teve início a mudança na primeira rua a receber o projeto, idealizado pelo Lab Van Troje, laboratório criativo da Bélgica que trabalha em soluções para o ambiente urbano.
As ruas vivas são cobertas com grama sintética e ganham novo mobiliário – espaços de descanso, mesas e cadeiras, em alguns casos até mesas pingue-pongue e trampolins. Os carros são proibidos de circular, e as pessoas são livres para utilizarem o espaço como preferirem. Em cada rua, as decisões são tomadas coletivamente a fim de que cada uma seja redesenhada de forma única.
Intervenções como a de Gent transformam as ruas, recuperando a noção de vizinhança e um senso de comunidade já perdido em muitas áreas urbanas. As Ruas Vivas da cidade belga são mais uma iniciativa dentro de uma tendência mundial: dedicar o espaço das ruas às pessoas. Paris, Joanesburgo, Helsinque e Copenhague, entre tantas outras, são exemplos de cidades que já começaram a trilhar o caminho rumo a um futuro livre da dependência do automóvel.
(Fontes: CityLab, StyloUrbano)
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