A prefeitura de São Paulo contratou a empresa Ernest & Young para uma auditoria no transporte público da capital, após os protestos de julho. Na ocasião, o prefeito Fernando Haddad suspendeu o processo de contratação de novas empresas para abrir a caixa preta do transporte, afim de se pagar um preço mais justo pelo serviço.
Um relatório parcial aponta que 10,5% das partidas não são realizadas representando um gasto de R$ 369,3 milhões aos cofres públicos. A empresa aponta ainda deficiências na fiscalização por parte da SPTrans, e a Ernest & Young sugere que haja um monitoramento eletrônico dos ônibus mais eficiente.
Outro ponto que merece a atenção é sobre itens que deveriam estar no interior dos ônibus e são previstos no contrato entre as empresas e prefeitura. De 37 itens, pelo menos 20,9% não são cumpridos. Quase nenhum ônibus possui câmeras, previsto em contrato.
O relatório aponta ainda ônibus mais antigos que o permitido, cerca de 108 veículos com mais de dez anos de uso, o que não é permitido por contrato entre a prefeitura e os consórcios.
O relatório conclusivo da Ernest & Young esta marcado para ser entregue em 10 de dezembro. Com base neste trabalho, a prefeitura vai elaborar um novo edital de licitação dos transportes em março de 2015.
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