terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Inovar Auto trará um novo tipo de carro


Novo regime automotivo, fruto da luta da categoria pela produção e emprego nacional, entrou em vigor neste mês exigindo um carro mais seguro, mais econômico, com mais tecnologia e menos poluição

Esse será o ano do novo regime automotivo, o Inovar Auto, que entrou em vigor neste mês. Vinte e sete montadoras se habilitaram às novas regras se comprometeram a modernizar a produção de carros no País nos próximos anos, deixando eles mais seguros, com mais tecnologia, menos poluição e mais econômicos na hora de encher o tanque.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comercio (MDIC), até agora já foram anunciados investimentos de R$ 5,5 bilhões por parte das montadoras.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos (Anfavea), sindicato que reúne as montadoras, prevê que entre 2013 e 2017 sejam investidos cerca de R$ 14 bilhões de reais em pesquisa, desenvolvimento e engenharia automotiva.
Esse dinheiro servirá para fabricar um novo tipo de carro no Brasil, com muito mais itens de segurança, tecnologia e consumo menor de combustível. Esses pontos fazem parte das exigências do Regime, que tiveram participação fundamental do Sindicato durante a sua elaboração.
Eficiência
“Na hora que alguém for comprar o carro novo daqui pra frente, ele encontrará, por exemplo, um selo de eficiência energética do Inmetro, igual ao que existem nas geladeiras”, explicou Rafael Marques, presidente do Sindicato.
“Essas informações dirão, por exemplo, se aquele carro gasta mais ou menos combustível, e isso pesa no bolso do trabalhador. Um carro mais eficiente pode gerar economia de até R$ 8 mil em cinco anos, segundo o Inmetro”, completou.
Para se chegar a esse carro mais econômico, o parque industrial das montadoras terá que ser modernizado com novas ferramentas, feitas a partir de pesquisa dos fabricantes. O Inovar Auto exige que as empresas instalem laboratórios no País para desenvolverem essas pesquisas.
Pesquisa“As empresas mais novas no Brasil não possuem centro de pesquisa e as mais antigas desenvolvem investimentos nas áreas com pouca autonomia em relação às matrizes, a expectativa é que o novo regime mude esse cenário”, afirmou Rafael.
O dirigente reforçou que, além da inovação, o mais importante no novo regime automotivo é o incentivo à produção nacional. “Essa é uma das maiores bandeiras dos Metalúrgicos do ABC, e sempre que foi necessário fomos para as ruas para defendê-la. O Inovar Auto é fruto de muita batalha da categoria e vai garantir o emprego dos metalúrgicos para os próximos anos”, finalizou Rafael.
Gastar menos
Para ter acesso à redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) prevista pelo Inovar Auto, as montadoras terão, entre outras exigências, que investir em tecnologias mais modernas para produzir motores que gastem menos combustível, que poluam menos, que tenham peças mais leves e que tenham produção nacional.
Hoje, o consumo médio de combustível nos carros fabricados no País é de 14 km/l (gasolina) e 9,71 km/l (álcool). A meta do Inovar Auto é que esse consumo seja de 17,26 km/l (gasolina) e 11,96 km/l (álcool) em 2017.
Mais segurança
O Inovar Auto também prevê que os investimentos em pesquisa e desenvolvimento sejam direcionados também para criação e introdução de novas tecnologias que ajudem a reduzir as mortes no trânsito. Alguns exemplos seriam a adoção nos carros de novos controles de estabilidade para evitar capotamentos e sistemas de prevenção de acidentes com alerta de colisão iminente.
Da Redação

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

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