Obras do Rodoanel Norte começam em fevereiro
Previsto inicialmente para 2014, último trecho do anel viário deve ficar pronto em 3 anos, diz o governador Alckmin.
O Trecho Norte do Rodoanel Mário Covas deve começar a ser construído em fevereiro, afirmou ontem o governador Geraldo Alckmin. Ele também disse que todos os objetivos foram cumpridos, entre captação de financiamento, licitação, convênio com o governo federal e aprovações ambientais. As obras devem durar três anos e ser entregues em 2016. Esse trecho da rodovia terá 47 km de extensão.
“Vamos assinar o contrato em questão de duas ou três semanas. Em fevereiro, contrato já estará assinado. Aí, a empresa tem 30 dias para começar (a obra). De repente, pode até começar em fevereiro”, disse o governador. O empreendimento é de responsabilidade da Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), que é comandada pelo governo do Estado.
Esse é o último dos quatro “pedaços” do Rodoanel a ser entregue. Hoje, já estão abertos os Trechos Oeste e Sul do anel viário, que terá 177 km de comprimento. O Leste vem sendo construído pela concessionária responsável pela administração do Trecho Sul, a SPMar, e está previsto para ser inaugurado em 2014.
A construção do Trecho Norte, envolvida em polêmicas de cunho ambiental – a autoestrada cortará a Serra da Cantareira transversalmente, o que, para muitos ambientalistas, poderá afetar a fauna e a flora locais -, custará cerca de R$ 3,9 bilhões.
As empresas espanholas Acciona Infraestructuras e Isolux Corsán, associadas em consórcios a construtoras do Brasil, construirão cerca de 21 km da obra. O governo do Estado credita à atual situação econômica da Europa o interesse de empresas daquele continente no País. No total, o Trecho Norte do Rodoanel terá sete túneis, que juntos somam aproximadamente 6 km.
Cerca de 30% dos proprietários de imóveis que terão de deixar suas casas ou comércio para a construção foram cadastrados.
Atraso
Quando o processo para a contratação das empresas começou, em 2011, a promessa era de que as pistas do Trecho Norte seriam entregues até 2014. Contudo, questionamentos judiciais ao processo de licitação feitos por empresas derrotadas e a necessidade de construção de um consenso com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), financiador da obra, acabaram atrasando a licitação. Com isso, a previsão para término da obra é daqui a três anos.
Fonte: O Estado de S.Paulo
Comentário Setorial
O jornal não cita o nome do governador do PSDB Geraldo Alckmin porque a obra estava prometida para ser usada na campanha eleitoral de 2014, mas devido ao atraso, só será concretizada em 2016. É o jornalismo parcial praticado pela imprensa brasileira. Se fosse uma obra federal dariam todos os nomes e partidos culpados pelo atraso.
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