A democratização do espaço viário é uma das principais metas do Plano de Mobilidade de São Paulo – PlanMob/SP 2015, oficializado na última quinta-feira, dia 25 de fevereiro, através do decreto 56.834 publicado no Diário Oficial. O documento servirá de instrumento de gestão pública com o objetivo de orientar as ações, projetos e investimentos em mobilidade urbana já em andamento ou previstos para os próximos 15 anos anos na cidade e reúne planejamentos de infraestrutura para o transporte coletivo por ônibus, para pedestres, bicicletas, além de cargas, carros particulares, fretamentos, entre outros.
Para 2016, estão previstas uma série de medidas como a operação das novas redes controladas de domingo e de dia útil, assim como já funciona a da madrugada, e a implantação de mais 150 quilômetros de corredores de ônibus. A ampliação das faixas exclusivas, hoje a cidade conta com 485 quilômetros, e reduzir o número de mortes por acidente no trânsito, também são metas para até dezembro deste ano.
A Prefeitura de São Paulo, por meio da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), abriu 381 quilômetros de novas ciclovias e deverá entregar mais alguns quilômetros até 2030, formando uma rede cicloviária contínua que cobrirá todas as regiões da cidade, integrando-as as redes de transporte de média e alta capacidade, como os corredores de ônibus, por exemplo. Estão previstas, também, no documento, a construção de pontes para ciclistas e pedestres
Os terminais de ônibus passarão por grandes intervenções como a ampliação do horário de funcionamento para receber o serviço noturno, além de que, nos novos, estão previstos a conexão com corredores e estão consideradas as linhas expressas de ônibus. A meta é construir 29 terminais nos próximos 15 anos, totalizando 58 em toda a cidade.
Os deslocamentos a pé também sofrerão melhorias. Atualmente, em muitas regiões da capital paulista a calçada ainda não existe, ou sua largura é insuficiente para acomodar a circulação com conforto, por isso, no PlanMob/SP 2015 está contida a construção de 500 mil metros quadrados de calçadas até 2018, e depois mais 750 até o ano de 2028, melhorando assim o caminho dos 11 milhões de pedestres que moram na cidade de São Paulo.
Elaboração do Plano
A participação social foi fundamental para a elaboração do Plano de Mobilidade de São Paulo 2015, que contou com amplos debates e reuniões regionais, inclusive nas subprefeituras. As contribuições também foram recebidas virtualmente, por um portal criado especialmente para a construção do PlanMob/SP 2015. O processo de criação foi intersecretarial e conduzido por meio de um Grupo Técnico (GTI) composto pelas Secretarias Municipais de Verde e Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano, Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Planejamento Orçamento e Gestão, Infraestrutura Urbana e Obras, Habitação e Coordenação das Subprefeituras.
Veja o PlanMob/SP 2015 na íntegra:
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