quarta-feira, 1 de junho de 2016

Prefeitura de São Paulo só cumpre 23% da meta de corredores de ônibus

corredores de ônibus
Corredores de ônibus atuais são insuficientes para demanda. É necessária expansão. Foto:AE
Outros 13% estão em construção. Principal alegação é falta de recursos
ADAMO BAZANI
Apontados como uma das principais soluções para mobilidade na capital paulista, os corredores de ônibus não saem do papel como prometeu a prefeitura.
De acordo com dados do próprio poder público, dos 150 quilômetros de corredores prometidos pelo prefeito Fernando Haddad durante a campanha eleitoral em 2012 para até o final de 2016, 34,4 quilômetros foram entregues, o que representa 23% da meta até agora.
Outros 20 quilômetros, ou 13% , estão em obras e há a estimativa de que sejam iniciadas obras de outros 11 quilômetros.
Assim, será impossível o cumprimento da meta, faltando exatos seis meses para o final da gestão.
O principal motivo alegado pela administração Fernando Haddad é a crise econômica.
A prefeitura diz que foram contingenciados recursos do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal, que financiaram a maior parte destes corredores.
Em alguns deles, a prefeitura injetou dinheiro municipal na expectativa de receber as verbas federais, o que acabou não ocorrendo.
Os problemas, entretanto, vão além das questões financeiras.
Desde o início, a gestão Haddad sofre entraves com TCM – Tribunal de Contas do Município, que constantemente tem barrado as licitações dos corredores, apontando problemas como falhas nos projetos e sobrepreço. No ano passado, o TCU – Tribunal de Contas do Município também verificou a possibilidade de sobrepreço em 44 quilômetros de corredores de ônibus.
Vários projetos, por erros, precisaram ser refeitos.
A cidade de São Paulo possui hoje 131 quilômetros de corredores de ônibus dos quais, 88 quilômetros foram feitos nos últimos 15 anos.
Para compensar, o Secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto, disse por várias vezes que a gestão apostou em faixas de ônibus. Desde 2013, foram implantados cerca de 400 quilômetros de faixas de ônibus à direita.
Tatto também disse por várias vezes e que a diferença entre faixa e corredores é pouco sentida pela população, afirmação que provoca contestações.
Um corredor de ônibus possui uma capacidade no mínimo quatro vezes maior que de uma faixa de ônibus e proporciona uma velocidade até 50% maior. Uma rede de corredores pode reduzir em 15% os custos de operação dos ônibus no sistema como de São Paulo.
Comentário Setorial
O que a matéria não diz é que em apenas 4 anos a gestão do Fernando Haddad vai entregar quase o mesmo número de corredores de ônibus que o governo estadual do PSDB em 24 anos vai entregar em São Paulo. Se usassem a mesma cobrança com Geraldo Alckmin evidenciaria o quanto o governador é ruim de serviço.

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