quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Alstom defende modal alternativo ao monotrilho

Do Viatrolebus


Conforme prometido, vamos continuar a falar da visita que fizemos à Alstom no último dia 06/10.
Na primeira parte desta micro série de reportagens, você já conheceu um pouco do Citadis, o modelo  Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que a Alstom está oferecendo como solução de mobilidade. Agora, você vai conhecer o Axonis, que um é um tipo de metrô leve e é a “resposta” da Alstom ao monotrilho.
Durante a apresentação dos produtos da Alstom e da sessão de perguntas que se seguiu, os executivos presentes da Alstom fizeram algumas críticas ao sistema de monotrilho escolhido pelo Governo do Estado de SP/Metrô que vai operar nas linhas 15 – Prata, 17 – Ouro e 18 – Bronze. Algumas das afirmações ditas pelos executivos foram:
– o modelo de monotrilho escolhido pelo Metrô de SP possuirá um desgaste maior (por que usa pneus de borracha ao invés de rodas de metal e trilhos) e esta manutenção encarecerá o projeto, principalmente em análises de longo prazo;
– durante a operação e manutenção do monotrilho, o Metrô de SP não poderá trocar de fornecedor para continuar a expandir o sistema ou mesmo comprar novos trens. Tudo precisará ser comprado diretamente da empresa “matriz” da compra inicial, ou seja, a Bombardier, garantindo à esta a exclusividade de parceria;
– quem precisou fabricar os pilares e fazer toda a obra civil foi o governo do Estado que precisou contratar outro fornecedor para executar tal ação;
– os carros do monotrilho tem pouco espaço interno, devido a maquinária que ocupa uma parte que “deveria” ser do usuário.
O Via Trólebus já andou de Monotrilho, relembre aqui.
É claro que a Alstom tem interesse comercial em oferecer a sua alternativa ao monotrilho para as novas três linhas de SP e ampliar a sua parceria com o Governo/Metrô/CPTM. E cabe ao Via Trolebus levantar tais questões, já que somos um portal que discute mobilidade e suas soluções. Mas sobre este caso, o Via Trolebus deixará a cargo do leitor tirar suas próprias conclusões.

No vídeo acima, Michel Bocaccio, Vice Presidente Sênior da Alstom Transport na América Latina, comenta todos os benefícios que o Axonis possui em relação ao monotrilho e claro, os benefícios que o produto da marca traria à mobilidade urbana não só de SP, mas em outras cidades. Os principais benefícios do Axonis, segundo o vice-presidente são: rapidez na execução da obra, seu custo/benefício a longo prazo e a possibilidade do cliente poder trocar de fornecedor durante o processo de modernização ou de ampliação do sistema. É importante mencionar que, quando o vice presidente utiliza no vídeo o termo “chave na mão”, é preciso entender o que é isso: a Alstom, assim como no caso do Citadis, também faz toda a obra necessária para implantação do metrô leve. Ou seja, o cliente que comprar o Axonis não terá que se preocupar com mais nada, é a Alstom que entregará todo o projeto pronto-para-usar, digamos assim, por isso o termo “chave na mão”.
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Novamente é importante mencionar que o blog tem o dever de informar os seus leitores das alternativas de produtos. Deixamos o leitor avaliar qual seria o melhor projeto para as áreas que serão atendidas por novas linhas de metrô.
A próxima reportagem irá abordar a visita que fizemos à fábrica da Asltom. Lá, vimos a modernização da frota do Metrô de SP acontecendo. Aguardem.

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