Decisão da justiça suspendeu reajuste de integrações ônibus/trilhos, mas manteve cobrança da transferência entre ônibus municipais e Corredor ABD
ADAMO BAZANI
Diário do Transporte
No início da noite desta sexta-feira, 6 de janeiro de 2017, a EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos informou que passou para o dia 22 de janeiro, o início da cobrança de R$ 1,00 na transferência dos passageiros dos ônibus municipais de Diadema para os trólebus e ônibus da Metra nos terminais Piraporinha e Diadema, que estava prevista para começar domingo, 08 de janeiro, e dos ônibus municipais de São Paulo, do sistema SPTrans, para a Metra , prevista inicialmente para o dia 15. Também fica para o dia 22 de janeiro, o início da cobrança na transferência entre Metrô e as 12 linhas metropolitanas que têm ponto final no Terminal Capão Redondo e as cinco linhas do Terminal Campo Limpo, com valores entre R$ 1,12 e R$ 1,65.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) , visando adequar os recursos tecnológicos e operacionais para as novas integrações metropolitanas, informa que as novas tarifas de integração passarão a vigorar a partir de 22 de janeiro de 2017. A medida atinge os terminais de Diadema, Piraporinha, São Mateus, Capão Redondo e Campo Limpo. – diz nota da EMTU
Já os aumentos das tarifas das linhas intermunicipais comuns, seletivas e dos ônibus e trólebus da Metra no Corredor ABD continuam com aumento programado para este domingo, 08 de janeiro de 2016. No caso do Corredor ABD, a tarifa sobe de R$ 4,00 para R$ 4,30. Os outros valores você confere aqui:
Assim, a decisão do juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, do TJ-SP – Tribunal de Justiça de São Paulo, proferida hoje, suspender os reajustes de 14,8% nas tarifas integradas entre o sistema de metrô e trens da CPTM, do Governo do Estado de São Paulo, e dos ônibus municipais da SPTrans, na capital paulista. O valor passaria de R$ 5,92 para R$ 6,80 neste domingo. A tarifa básica unitária continua em R$ 3,80.
Diante deste fato, a bancada do PT, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, vai ingressar com uma ação específica contra o início das integrações cobradas nos terminais, evitando assim outras dúvidas.
Em relação ao aumento do valor das integrações entre os ônibus do sistema SPTrans, da capital paulista, e o sistema de trilhos, diante do congelamento da tarifa unitária, o juiz classificou que a medida de Alckmin e equipe prejudica as pessoas de menor renda.
“A discriminação parece ser injusta pois a medida é mais benéfica a quem reside em locais mais centrais e se utiliza apenas do metrô, cuja tarifa básica foi mantida, mas revela-se gravosa a quem reside em locais mais distantes e se utiliza do trem e do metrô, cuja tarifa integrada foi aumentada acima da inflação” – diz trecho da decisão.
O juiz também não descartou motivação política na decisão de Alckmin que congelou as tarifas unitárias dos sistemas de trilhos (Metrô e CPTM) para acompanhar seu afilhado político, João Doria, que congelou a tarifa dos ônibus do sistema SPTrans.
“Quer pela ausência de motivação para a discriminação entre os usuários do serviço de metrô (ausência de reajuste para a tarifa básica e reajuste acima da inflação para tarifa integrada), quer pela suposta motivação política na manutenção da tarifa básica, aparentemente o ato administrativo pode ser considerado nulo, ao final do processo”.
O magistrado ainda acrescentou que este tipo de reajuste, com percentual mais que o dobro da inflação, prejudica os passageiros no atual quadro de crise econômica.
“Se não suspenso o reajuste, haverá risco aos usuários do serviço público de transporte, que se sujeitarão aos novos valores a partir de 8 de janeiro de 2017, obrigados a maiores gastos em momento de crise econômica. Não há risco de prejuízo irreparável aos cofres públicos, pois a decisão ora proferida poderá ser objeto de recurso e, em caso de provimento, o reajuste aplicado imediatamente”
Em nota também do início desta noite, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos diz que vai recorrer da decisão e critica argumento de que os mais pobres serão prejudicados pelo reajuste.
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) informa que não foi notificada até o presente momento de qualquer decisão judicial referente à suspensão do reajuste do sistema de transportes metropolitanos do Estado de São Paulo.
Tão logo seja notificada, a Secretaria se manifestará juridicamente sobre essa decisão.
Sobre o mérito do reajuste, o governo buscou a fórmula que beneficia a maior parte dos usuários do transporte metropolitano e que ao mesmo tempo preserva a saúde financeira do sistema, recompondo a inflação do período. O valor do bilhete unitário foi congelado em R$ 3,80 e o governo manteve um desconto na integração, embora o percentual tenha caído de 22% para 10,5%.
Atualmente não utilizam a integração 63 % dos usuários da CPTM e 51% dos usuários do Metrô.
O argumento de que o reajuste discrimina a população mais carente ignora que o Metrô, a CPTM e a EMTU já concedem gratuidade para desempregados, estudantes, idosos e pessoas com deficiência, ao passo que os trabalhadores têm direito ao vale transporte concedido pelo empregador.
Motivada por ação da bancada do PT na Assembleia Legislativa, a decisão do Poder Judiciário coloca em risco uma equação criada para reduzir o impacto da mudança de tarifa no bolso da população. Caso seja mantida, ela pode levar a um aumento do custo do bilhete unitário pelo índice de inflação (6,5% segundo o IPC-Fipe), de R$ 3,80 para R$ 4,05.
A DECISÃO
CRONOLOGIA DA INTEGRAÇÃO ENTRE ÔNIBUS E TRÓLEBUS METROPOLITANOS DO CORREDOR ABD E ÔNIBUS MUNICIPAIS DE DIADEMA:
1991:
É assinado um acordo entre Prefeitura de Diadema e Governo do Estado de São Paulo para integração gratuita em benefício dos passageiros entre ônibus municipais de Diadema e ônibus e trólebus que operam o Corredor ABD. Nesta época, as operações do corredor eram de responsabilidade de um consórcio de empresas e da EMTU. A integração começa em 06 de abril de 1991
1992:
Começam as primeiras instabilidades no sistema com reclamações de prejuízos. Mas era a prefeitura de Diadema quem reclamava na época. O então presidente da ETCD, Celso Cosenza, dizia que a integração causava prejuízos à cidade de Cr$ 165 milhões (moeda da época) por mês. Ele disse que a EMTU não repassava também Cr$ 87 milhões, o que reduzia as receitas da ETCD. O então presidente da EMTU, Antônio Carlos Rodrigues, declarou que pretendia manter a integração, o que ocorreu.
24 DE MAIO DE 1997:
Metra assume as operações do Corredor ABD
29 DE JULHO DE 2009:
Convênio entre governo do Estado e Prefeitura de Diadema é mantido prevendo a continuidade da integração gratuita
27 DE JUNHO DE 2011:
Termo de Aditamento prorroga convênio
2011: OUTUBRO
O Prefeito de Diadema, Mário Reali, torna pública a intenção do Governo do Estado de São Paulo em terminar com a integração gratuita. Os motivos alegados seriam os custos maiores gerados por investimentos como reformas em terminais, eletrificação para o tráfego de trolebus entre o Terminal Piraporinha (em Diadema) e o Terminal Jabaquara (zona Sul de São Paulo) e a implantação do Cartão BOM Bilhete de Ônibus Metropolitano nos ônibus e trolebus da Metra. Mas por trás destes motivos, o Governo cogita um suposto abuso de passageiros dos ônibus de Diadema que estariam usando os veículos da Metra para fazerem trajetos que poderiam ser percorridos a pé. Na volta, cuja cobrança seria da passagem da Metra, que é mais cara, os usuários não utilizariam a integração. A proposta do Governo do Estado é cobrar R$ 1,00 de integração tanto na ida como na volta.
03 e 10 DE NOVEMBRO DE 2011:
EMTU comunica formalmente o município de Diadema a intenção do fim da integração gratuita, que deveria entrar em vigor em 28.02.2012 – em 27 dias a mais que o prazo de 90 dias obrigatório entre o comunicado e a extinção da gratuidade. Não seria o fim, mas um alteração do convênio.
22 DE NOVEMBRO DE 2011:
O governo do Estado em reunião na Secretaria de Transportes Metropolitanos entre o Município de Diadema , a EMTU/SP propõe nova sistemática de integração tarifária com os terminais de Diadema ao custo de R$ 1.00 (um real) por passageiro. O prefeito Mário Reali diz que os cofres do município não suportariam o gasto a mais de dividir com o governo do estado assumir o custo da integração , o que representaria R$ 12 milhões para cada parte ao ano. na ocasião.
23 DE NOVEMBRO DE 2011:
EMTU propõe ao município de Diadema, por meio de ofício, alteração (e não extinção) do convênio de 1991, prevendo a cobrança de R$ 1,00 nas transferências
10 DE JANEIRO DE 2012:
Diante do insucesso das negociações, por meio de ofício expedido em 06 de janeiro de 2012, protocolizado na Prefeitura em 10 de janeiro de 2012, a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo S/A – EMTU/SP comunicou a intenção de rescindir o convênio.
PRIMEIRA QUINZENA DE FEVEREIRO DE 2012
O prefeito Mario Reali diz publicamente que acha a atitude do Governo do Estado de São Paulo arbitrária e unilateral, pois só comunicou ao poder público municipal, e não negociou com a prefeitura. Reali pediu uma reunião com o governo estadual e no dia 09 de fevereiro foi anunciado o adiamento do fim da integração.
14 DE FEVEEIRO DE 2012
Os secretários do governador Geraldo Alckmin, Edson Aparecido (Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano) e Jurandir Fernandes (Transportes) e o prefeito Mário Reali se reúnem para discutir a integração. Como o número de passageiros que fazem a baldeação entre ônibus municiais e Metra é maior que o oposto, o Governo do Estado propõe a cobrança de R$ 1,00 somente na ida e não na volta para os bairros. Mário Reali ainda se coloca contrário à proposta.
17 DE FEVEREIRO DE 2012:
O promotor de Cidadania de Diadema, Daniel Serra Azul Guimarães, acolhendo representações da Prefeitura de Diadema e do Procon, entrou com pedido na Justiça, instaurando inquérito civil e registrando ação civil pública, para que a integração gratuita fosse mantida. Ele também pediu multa diária de R$ 248 mil à EMTU caso possível aprovação na Justiça não fosse respeitada. O valor estipulado para a causa foi de R$ 3,7 milhões.
23 DE FEVEREIRO DE 2012:
A Vara da Fazenda Pública de Diadema concedeu liminar em prol do pedido elaborado pelo promotor Serra Azul. A integração existe desde 1991 por um contrato entre Prefeitura de Diadema e Governo do Estado de São Paulo. Mudanças deste porte só podem ser realizadas três meses depois do anúncio oficial, que ocorreu em 10 de janeiro de 2012. Mesmo respeitado o prazo, a Justiça não aceitou os argumentos alegados pelo Governo do Estado de São Paulo ao entender que por 21 anos o sistema se manteve e que os custos maiores apresentados pelo poder público estadual, de R$ 90 milhões, se referem a modernizações e adequações para acessibilidade, e não ampliação. A Justiça também considerou que o fim da integração prejudicaria financeiramente os passageiros.
13 DE JULHO DE 2012:
O ministro Ari Pargendler, à época presidente do STJ – Superior Tribunal de Justiça, acata recurso da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos e anula os efeitos da decisão judicial contrária ao início da cobrança, permitindo assim, que a transferência fosse paga.
Na ação, a EMTU reforça a necessidade da cobrança e acrescenta que mesmo com a integração a R$ 1,00 haveria prejuízos ao sistema:
Ao preço da tarifa social ofertada pela EMTU ao Município de Diadema, no valor de R$ 1,00 por passageiro, o prejuízo seria de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) por dia. Isto representa um prejuízo de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) por mês, e ao ano este prejuízo alcançaria o patamar absurdo de R$ 14.000.000,00 (quatorze milhões de reais). Ao preço da tarifa média que todos os usuários dos outros Municípios do ABC pagam que é de R$ 2,95 (dois reais e noventa e cinco centavos), este prejuízo mensal salta para o patamar de R$ 3.540.000,00 (três milhões e quinhentos e quarenta mil reais), que ao final de um ano alcança a assombrosa cifra de R$ 42.480.000,00 (quarenta e dois milhões, quatrocentos e oitenta mil reais). Seja o valor de R$ 1.200.000,00 ou R$ 3.540.000,00 por mês, o certo é que a ausência desta receita causará grave desequilíbrio financeiro do contrato estabelecido com a empresa Metra – Sistema Metropolitano de Transportes Ltda.
Na decisão, o ministro acata as alegações da EMTU e diz que a transferência gratuita causa a distorção de a maioria pagar muito caro para usar o sistema enquanto a minoria fica livre de cobrança
A manutenção da medida liminar [que proibia a cobrança] poderá provocar o aumento da tarifa de ônibus metropolitano no referido corredor (Jabaquara – São Mateus), o que redundará em prejuízo econômico a um grande universo de usuários, causando um cenário inusitado, ou seja, enquanto alguns não pagam nada, a maioria acaba pagando muito, o que transforma o sistema numa reciprocidade injusta. Ao tempo da assinatura do convênio com o Município de Diadema e seus aditamentos ao prezo de tarifa ‘zero’ para integrações nos terminais do Centro e de Piraporinha, havia infinitamente menos usuários a ensejarem um desequilíbrio econômico do sistema.
21 DE FEVEREIRO DE 2014:
Ao apresentar um ônibus elétrico na sede da Metra, em São Bernardo do Campo, o governador Geraldo Alckmin garante que a integração gratuita entre os ônibus municipais e o Corredor ABD continuaria.
04 DE JANEIRO DE 2017:
Após o governador Geraldo Alckmin ter decretado congelamento em R$ 3,80 da tarifa básica unitária do Metrô e da CPTM, para acompanhar o congelamento das tartifas de ônibus municipais determinado pelo prefeito de São Paulo, João Doria, na Capital Paulista, o Governo do Estado anuncia reajuste bem acima da inflação da integração entre ônibus municipais do sistema SPTrans, de R$ 5,92 para R$ 6,80 – alta de 14,8% – e nas modalidades temporais do Bilhete Único com aumentos entre 30% e 50%. A inflação acumulada em um ano pelo IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo foi de 6,98%. O Governo do Estado também anuncia cobrança de R$ 1,00 na transferência dos ônibus municipais de Diadema para a Metra nos terminais Piraporinha e Diadema a partir de 08.01.17 e dos ônibus municipais de São Paulo para a Metra a partir de 15.01.17. EMTU diz que o motivo foi um reequilíbrio financeiro do contrato com a Metra que passou a arcar com a manutenção do pavimento do corredor, terminais e a rede aérea elétrica dos trólebus
05 DE JANEIRO DE 2017:
Manifestação contra o início da cobrança fecha das 10h30 às 16h00 os acessos do Terminal Diadema. O prefeito de Diadema, Lauro Michels, usou seu carro para fechar o terminal, se mostrando contra a cobrança.
06 DE JANEIRO DE 2017:
Prefeito de Diadema, Lauro Michels, protocola junto a Secretaria de Transportes Metropolitanos pedido de suspensão do início da cobrança. No início da noite, SMT anuncia que taxa que deveria ser cobrada a partir de 08 de janeiro foi adiada para o dia 22 nos terminais Diadema e Piraporinha, mas não vincula a decisão ao pedido do prefeito. Além do início da cobrança nos terminais Diadema e Piraporinha, o governo do Estado decide tarifar a integração no terminal São Mateus para a transferência dos passageiros vindos dos ônibus municipais da Capital Paulista
Os aumentos nas principais cidades da Grande São Paulo são os seguintes:
– Guarulhos: de R$ 3,80 para R$ 4,50 ou R$ 4,20 apenas para quem embarca com Cartão Cidadão– a partir de 29.12.16 (viações tiveram de suspender por cinco dias por determinação da Justiça porque não comunicaram os passageiros de maneira eficiente e com antecedência suficiente para o cidadão se programar. Em 30.12.2016, a Justiça teve outra decisão e suspendeu o aumento até decisão da Ação Popular contra o aumento. No dia 01.01.17, o novo prefeito Gustavo Henric Costa, Guti, cancelou o decreto do prefeito anterior, Sebastião Almeida que concedeu às empresas reajuste de 18,4% em 11 meses)
– Osasco: de R$ 3,80 para R$ 4,20 – a partir de 30.12.2016
– Araçariguama: de R$ 3,80 para R$ 4,20 – a partir de 30.12.2016
– Francisco Morato: de R$ 3,70 para R$ 4,10 – partir de 30.12.2016
– Carapicuíba: de R$ 3,80 para R$ 4,20 – partir de 30.12.2016
– Jandira: de R$ 3,70 para R$ 4,00 – a partir de 30.01.2016. A tarifa voltou para R$ 3,70 depois de prefeito Paulo Barufi revogar aumento promovido pelo antecessor Geraldo Teotônio da Silva, o Gê.
– Barueri: de R$ 3,80 para R$ 4,20 – a partir de 31.12.2016
– Itapevi: de R$ 3,80 para R$ 4,20 – a partir de 31.12.2016
– São Caetano do Sul: de R$ 3,70 para R$ 4,10 – a partir de 31.12.2016
– Mauá: de R$ 3,80 para R$ 4,20 e o vale-transporte de R$ 4,50 para R$ 5,00 – a partir de 31.12.2016 (por determinação judicial, o aumento foi adiado para 07/01/2017 – medida foi tomada pelo prefeito Donisete Braga, derrotado nas eleições e que não conseguiu continuar no cargo. Não houve comunicação adequada ao passageiro. No dia 04.01.17, o novo prefeito, Átila Jacomussi revogou o aumento.
– Cotia: de R$ 3,60 para R$ 4,00 – a partir de 02.02.2017
– Santo André: de R$ 3,80 para R$ 4,20 e o vale-transporte de R$ 4,50 para R$ 5,00 – a partir de 03.01.2017
– Corredor Metropolitano ABD (Metra): de R$ 4,00 para R$ 4,30. Acaba a integração gratuita com os ônibus da Benfica e MobiBrasil (Terminais Piraporinha e Diadema) e da capital paulista (Terminal São Mateus) – a partir de 22.01.17 – Haverá cobrança de integrações nos terminais que antes eram gratuitas. A transferência entre os trólebus do Corredor Metropolitano ABD para os ônibus municipais de cada cidade também terão cobrança no Terminal Piraporinha, Terminal Diadema (empresas MobiBrasil e Benfica) e, no Terminal São Mateus (empresas do sistema SPTrans). A data inicial era 08.01 e 15.01. A transferência custará R$ 1,00. Continuam gratuitas as integrações entre as próprias linhas da concessionária de ônibus e trólebus Metra, como para as linhas 376 e 376 M, que vão de Diadema para a estação Berrini da CPTM e Shopping Morumbi, respectivamente, e das linhas que vêm do Jabaquara para as linhas que vão para Santo André nos terminais Diadema, Piraporinha e São Bernardo do Campo e das linhas que chegam ao Terminal Santo André Oeste para a linha 284 que vai para São Mateus.
Linhas da Metra
284 – SÃO PAULO (TERMINAL METROPOLITANO SÃO MATEUS)/ SANTO ANDRÉ (TERMINAL METROPOLITANO SANTO ANDRÉ OESTE)
284M – SÃO PAULO (TERMINAL METROPOLITANO SÃO MATEUS)/ SÃOO BERNARDO DO CAMPO (SHOPPING METRÓPOLE)
285 – SÃO PAULO (TERMINAL METROPOLITANO SÃO MATEUS)/ SÃO BERNARDO DO CAMPO (TERMINAL METROPOLITANO FERRAZÓPOLIS)
286 -SANTO ANDRÉ (TERMINAL METROPOLITANO SANTO ANDRÉ OESTE)/SÃO BERNARDO DO CAMPO (TERMINAL METROPOLITANO FERRAZÓPOLIS)
287- SANTO ANDRÉ (TERMINAL METROPOLITANO SANTO ANDRÉ OESTE)/ DIADEMA (TERMINAL METROPOLITANO DIADEMA)
287P- SANTO ANDRÉ (TERMINAL METROPOLITANO SANTO ANDRÉ OESTE)/ DIADEMA (TERMINAL METROPOLITANO PIRAPORINHA)
288 – SÃO BERNARDO DO CAMPO (TERMINAL METROPOLITANO FERRAZÓPOLIS)/ SÃO PAULO (TERMINAL METROPOLITANO JABAQUARA)
288P – SÃO BERNARDO DO CAMPO (TERMINAL METROPOLITANO FERRAZÓPOLIS)/ DIADEMA (TERMINAL METROPOLITANO PIRAPORINHA)
289 – DIADEMA (TERMINAL METROPOLITANO PIRAPORINHA)/ SÃO PAULO (TERMINAL METROPOLITANO JABAQUARA)
290 – DIADEMA (TERMINAL METROPOLITANO DIADEMA)/ SÃO PAULO (TERMINAL METROPOLITANO JABAQUARA)
376 – DIADEMA (TERMINAL METROPOLITANO DIADEMA)/ SÃO PAULO (BROOKLIN)
376M – DIADEMA (TERMINAL METROPOLITANO DIADEMA)/ SÃO PAULO (SHOPPING MORUMBI)
487 MAUÁ (TERMINAL METROPOLITANO SONIA MARIA)/ SANTO ANDRÉ (SHOPPING ABC)
ÔNIBUS MUNICIPAL DE SÃO PAULO, TREM E METRÔ: (a partir de 08.01.017)
– Tarifa Comum (CPTM, Metrô ou Ônibus SPTrans): R$ 3,80 – sem aumento.
– Tarifa Integrada Ônibus SPTrans + Metrô/CPTM: de R$ 5,92 para R$ 6,80 –aumento de 14,8% . Justiça suspender em decisão liminar (provisória) em 06.01.17
– Bilhete Único Diário Simples – só ônibus ou só Metrô/CPTM (indicado para mais de 4 viagens em 24h): de R$ 10 para R$ 15 – aumento de 50%
– Bilhete Único Diário Integrado – ônibus + Metrô/CPTM (indicado para mais de 4 viagens em 24h): de R$ 16 para R$ 20 –
– Bilhete Único Semanal Simples: Será extinto
– Bilhete Único Semanal Integrado: Será extinto
– Bilhete Único Mensal Simples – só ônibus ou só Metrô/CPTM (sugerido para mais de 50 viagens): de R$ 140 para R$ 190 – – aumento de 35%
– Bilhete Único Mensal Integrado – ônibus + Metrô/CPTM (sugerido para mais de 44 viagens) : de R$ 260 para R$ 300 – aumento de 30%
O desconto do bilhete Fidelidade, por sua vez, será de até 10,5%, de acordo com o número de viagens. O mesmo percentual será aplicado aos bilhetes Madrugador (Metrô, das 4h40 às 6h15; e CPTM, das 4h40 às 5h35); e Da Hora (das 9h às 10h, nas linhas 8, 9 e 5), ambos fixados em R$ 3,40.
EMTU:
A partir de 08.01.17 com aumentos entre 6,10% e 7,18%, de acordo com a área operacional.
Área 1 – Consórcio Intervias
Municípios: Juquitiba, São Lourenço da Serra, Embu-Guaçu,
Itapecerica da Serra, Embu, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista e
Cotia
Reajuste médio: 6,65%
Área 2 – Consórcio Anhanguera
Municípios: Cajamar, Caieiras, Itapevi, Jandira, Carapicuíba, Osasco,
Barueri, Santana de Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, Francisco Morato e
Franco da Rocha
Reajuste médio: 6,58%
Área 3 – Consórcio Internorte
Municípios: Guarulhos, Arujá, Mairiporã e Santa Isabel
Reajuste médio: 7,18%
Área 4 – Consórcio Unileste
Principais municípios: Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Poá,
Mogi das Cruzes, Guararema, Biritiba Mirim, Salesópolis e Suzano
Reajuste médio: 6,64%
ÁREA 5 (DE PERMISSÃO) – MUNICÍPIOS DO ABC
O percentual médio do reajuste na Área 5 será de 6,10% e leva em
consideração o custos dos insumos do transporte como mão de obra e
combustível.
Municípios: Diadema, São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo,
Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra
Terminam as integrações gratuitas em:
Cobranças previstas para começarem nos dias 08 de janeiro de 15 de janeiro passam para o dia 22 de janeiro, segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos
Passará a ser cobrada também a integração nos Terminais Capão Redondo e Campo Limpo. O valor da integração entre Metrô e as 12 linhas metropolitanas que têm ponto final no Terminal Capão Redondo e as cinco linhas do Terminal Campo Limpo será de R$ 1,12. O valor atual da tarifa destas linhas intermunicipais não sofrerá reajuste, segundo a EMTU.
Haverá cobrança de integrações nos terminais que antes eram gratuitas. A transferência entre os trólebus do Corredor Metropolitano ABD para os ônibus municipais cada cidade também terão cobrança no Terminal Piraporinha, Terminal Diadema (MobiBrasil e Benfica) e Terminal São Mateus (SPTrans). A transferência custará R$ 1,00. Continuam gratuitas as integrações entre as linhas da Metra, como para as linhas 376 e 376 M, que vão de Diadema para a estação Berrini da CPTM e Shopping Morumbi, respectivamente e das linhas que vêm do Jabaquara para as linhas que vão para Santo André nos terminais Diadema, Piraporinha e São Bernardo do Campo e das linhas que chegam ao Terminal Santo André Oeste para a linha 284 que vai para São Mateus.
Outras regiões:
BAIXADA SANTISTA / EMTU – a partir de 08.01.17
VLT: para R$ 4.05
Ônibus: reajustes serão em média de 6,52% para o Consórcio BR Mobilidade, do Grupo Comporte que controla a Viação Piracicabana. O valor da tarifa depende da extensão da linha.
SOROCABA E REGIÃO / EMTU – a partir de 08.01.17
Na Região Metropolitana de Sorocaba, a média de reajuste é de 6,81% e leva em consideração os custos dos insumos do transporte como mão de obra, combustível e veículos, segundo a EMTU. Na região são 84 linhas de ônibus intermunicipais. O valor da tarifa depende da extensão da linha.
CAMPINAS E REGIÃO / EMTU – a partir de 08.01.17
Os passageiros das 146 linhas de ônibus intermunicipais que circulam dentro da Região Metropolitana de Campinas pagarão em média 7,06% pelos serviços do Consórcio Bus+. O valor da tarifa depende da extensão da linha.
VALE DO PARAÍBA E LITORAL NORTE / EMTU – a partir de 08.01.17
Na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte a média de aumento das passagens será de 6,81% nas 76 linhas de ônibus intermunicipais. O valor da tarifa depende da extensão da linha.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes