quarta-feira, 17 de abril de 2013

Haddad: Fazenda estuda possibilidade para desonerar transporte público



Haddad não se posicionou sobre decisão do governador Alckmin (PSDB) de enviar ao Congresso pedido para mudar a idade penal de menores. Foto: Hélvio Romero/Estadão
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou na terça-feira(16) que há espaço para desonerar os serviços de transporte público para ajudar a conter a inflação.
“Há estudos no Ministério da Fazenda de desoneração do transporte público, é um problema que o Brasil ia ter que enfrentar mais cedo ou mais tarde”, disse.
Em entrevista à rádio Jovem Pan, Haddad afirmou que entre as possibilidades estudadas pela Fazenda está o fim da incidência de PIS e Cofins da folha de pagamento do setor, que já foi desonerada, e a redução ou eliminação do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel.
“Talvez não seja mais razoável cobrar isto do diesel que, ao contrário da gasolina e do álcool, não é para o transporte individual, mas para o transporte de carga e transporte público”, afirmou Haddad.
O petista defendeu ainda proposta da Frente Nacional dos Prefeitos para que os impostos que incidem sobre a gasolina nas grandes cidades subsidiem o transporte público.
O tema ganhou força em São Paulo com a proximidade do reajuste da tarifa de ônibus, metrô e trem, que costuma acontecer no início do ano, mas desta vez foi adiada para junho a pedido da presidente Dilma Rousseff para evitar mais pressão inflacionária no começo do ano. Segundo Haddad, o valor da nova tarifa ainda não foi definido.
O petista evitou posicionar-se sobre o projeto de lei apresentado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para aumentar a punição a menores que cometerem crimes graves. O período de reclusão passaria de três anos para até oito anos.
“Não sou especialista no assunto, não é questão da prefeitura”, desconversou Haddad. Ele afirmou, porém, que a proposta do governador merece ser debatida. “Será que esse menino está pronto para voltar a sociedade em três anos?”
Fonte: Valor Econômico, Por Raphael Di Cunto

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