terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Governo vai ajudar aeroportos privatizados a quitar dívidas

 
Jornal GGN - O governo decidiu que a Infraero fará um aporte parcial de R$ 120 milhões para ajudar a concessão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, a pagar uma fatia da outorga de quase R$ 1 bilhão, vencida em maio.
 
Também foi acertado que os sócios privados do consórcio que administra o aeroporto colocarão o mesmo valor, somando R$ 240 miilhões. De acordo com o jornal O Globo, serão realizados aportes mensais de R$ 10 milhões.
 
O prazo para o pagamento total da outorga termina no último dia de dezembro, e inclui multas e juros. Entretanto, órgãos do governo pretendem aumentar o prazo para a concessionário, aceitando desembolsos parciais ao longo de 2017. 
 
O objetivo é esperar que o Congresso aprove a Medida Provisória (MP) 752, que altera o processode concessões. O governo federal também apoiará uma emenda à medida que vai permitir o parcelamento das outorgas. 
 
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve definir nesta semana o total a ser pago pelas concessionárias referente à outorga deste ano. Os consórcios que administram os aeroportos do Galeão, Confins, Brasília, Natal e Viracopos estão devendo R$ 1,437 bilhão em outorgas para a União, vencidas no primeiro semestre deste ano. 
 
O consórcio que administra o Galeão é controlado pela Odebrecht Transport (60%) e Changi Airports International (40%). A administração é dividida entre as empresas privadas, que tem 51% do capital, e a estatal Infraero, que tem 49%. 
 
O aeroporto enfrenta queda de receitas causada pela recessão econômico e também pelo envolvimento da Odebrecht na Lava Jato. Em 2013, o aeroporto foi leiloado por R$ 19 bilhões, e a concessionária assumiu a operação e administração do Galeão em agosto de 2014 por um prazo de 25 anos. 
 
O consórcio diz que as receitas não são suficientes para pagar a outorga, afirmando que necessita de um empréstimo do BNDES, que foi suspenso em razão da Odebrecht. Para resolver o problema, o sócio estrangeiro pode aumentar sua participação no negócio e também trazendo um novo investidor. 
 
No total, a dívida da RIOgaleão está em R$ 3 billhões, considerando a outorga vencida, a que irá vencer e um empréstimo concedido pelo BNDES. 
 
Além do Galeão, Viracopos também enfrenta dificuldades e entrou na Anac com pedido de reprogramação do cronograma de pagamento para a União.
 
De acordo com o deputado Sérgio de Souza (PMDB-PR), relator da medida provisória, o texto recebeu mais de 80 emendas, que serão analisadas no ano que vem. Ele diz que pretende realizar audiências públicas e apresentar o relatório em março.

Equipe de Doria anuncia aumento de velocidade nas marginais de São Paulo

VIDAS EM RISCO?

Novos limites de velocidade podem comprometer a diminuição de vítimas fatais e de feridos que vinha ocorrendo. Gestão Doria defende que sinalização e campanhas serão suficientes para conter riscos

por Luciano Velleda para a RBA publicado 20/12/2016 14:13
RENATO LOBO / VIATROLEBUS
Velocidade_Marginais
Marginais Pinheiros e Tietê terão novas velocidades a partir de 25 de janeiro de 2017
São Paulo – Cumprindo promessa de campanha, mas contrariando estatísticas e apelos de entidades da sociedade civil, a equipe do prefeito eleito João Doria (PSDB) anunciou hoje (20) o aumento da velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros. O anúncio foi feito pelo futuro secretário de Transportes de Doria, Sérgio Avelleda, e o futuro presidente da CET, João Otaviano Neto.
Para veículos leves, a partir do dia 25 de janeiro, a pista expressa de ambas as marginais passará de 70 km/h para 90 km/h e a pista central da marginal Tietê aumenta de 60 km/h para 70 km/h. Já a pista local terá duas velocidades distintas: a faixa mais à direita permanece com o limite de 50 km/h, enquanto as outras aumentam para 60 km/h. Para os veículos pesados, a velocidade máxima será de 50 km/h em toda a pista local e 60 km/h nas pistas central e expressa.
“As pistas foram projetadas para essas velocidades”, disse Sérgio Avelleda. Durante a apresentação, os integrantes do governo Doria insistiram no conceito de que eventuais riscos serão mitigados com ações de segurança baseadas na sinalização e em campanhas publicitárias educativas.
Desde que foi implementada pelo prefeito Fernando Haddad em julho de 2015, o número de mortes nas marginais Tietê e Pinheiros diminuiu em 32,8% em um ano, passando de 73 mortes em 2014 para 49 em 2015. As vidas poupadas têm sido o principal argumento de especialistas e entidades de pedestres, ciclistas e de campanhas contra violência no trânsito para que não houvesse o aumento das velocidades.
Recentemente, a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS), órgão ligado à ONU, elogiou a redução de velocidade promovida por Haddad e pediu aos novos prefeitos eleitos que mantenham os limites de velocidade em vias urbanas inferiores a 50 quilômetros por hora. “Cumprimentamos as iniciativas dos municípios que se empenharam na gestão rigorosa da velocidade. Em memória dos que perderam suas vidas no trânsito, e em respeito àqueles que poderão ser salvos, sigamos os exemplos de Londres, Nova York, Paris, São Paulo, Sydney e Tóquio. Essas cidades reduziram os limites de velocidade nos últimos anos e obtiveram bons resultados“, disse o consultor Opas/OMS no Brasil, Victor Pavarino.

Problemas à vista

Além de ter que combinar os novos limites de velocidade com a diminuição das vítimas fatais e feridos que a redução estava ocasionando, o plano de Doria, batizado de Marginal Segura, aponta para alguns aspectos que provavelmente causarão problemas.
Um deles é a pista local com duas velocidades distintas, sendo a faixa mais à direita de 50 km/h e as outras 60 km/h. Questionados se isso não trará confusão para os motoristas, Sérgio Avelleda e João Otaviano Neto responderam que a sinalização será suficiente para orientar os condutores. Outro aspecto polêmico é a brusca redução de 30 km/h do veículo que passar da pista expressa (90 km/h) para a pista local (60 km/h) da marginal Pinheiros, mudança que pode intervir no fluxo do trânsito, além de ocasionar mais multas.
Otaviano Neto ainda apresentou como “ações de melhoria da segurança” a retomada da fiscalização com radares-pistola da velocidade dos motociclistas, a intenção em coibir a presença de vendedores ambulantes nas pistas e a remoção de pessoas em situação de rua que se abrigam em áreas laterais das marginais, como embaixo de viadutos e pontes. “Teremos uma forte atuação pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) para que se possa trabalhar com eles e retirá-los dessa situação de risco”, explicou o futuro presidente da CET.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Eletra confirma início de operação de ônibus a “energia solar” ainda neste mês

ônibus elétricoÔnibus elétrico que será abastecido a partir de energia solar. Estudo da universidade catarinense mostra que um ônibus com consumo médio de 670 litros de diesel por mês emite cerca de 3,9 toneladas de CO2. Em um ano, a emissão chega a 46,8 toneladas de CO2. Ônibus elétricos podem poupar estas emissões.

Veículo é elétrico, mas energia será gerada em estação experimental de universidade por meio de placas fotovoltaicas
ADAMO BAZANI
A fabricante de tecnologia para veículos elétricos, Eletra, com sede em São Bernardo do Campo, no ABC Paullista,  confirmou nesta segunda-feira ,12 dezembro de 2016, que o primeiro ônibus elétrico assistido por energia solar fotovoltaica do Brasil começará a circular em Santa Catarina ainda neste mês.
Diário do Transporte antecipou em primeira mão o desenvolvimento dos estudos. O ônibus foi apresentado em setembro no 12º Salão Latino-Americano de veículos elétricos, realizado em setembro na cidade de São Paulo.
O novo modelo inicialmente fará o transporte de alunos, professores e técnicos da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, entre o campus da Trindade e o laboratório, no Norte da Ilha, no Sapiens Parque, bairro Canasvieiras.
Os testes fazem parte dos trabalhos do Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da UFSC. O projeto é coordenado pelo professor Ricardo Rüther, da mesma universidade ,e foi financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, ao custo de cerca de R$ 1 milhão.
Na verdade, o ônibus é elétrico com bateria, no entanto, uma estação dentro do campus da universidade vai captar energia solar e transformar em energia elétrica para alimentar as baterias do ônibus.
Em nota, a Eletra traz alguns detalhes das características técnicas do veículo:
O ônibus, Marcopolo Torino Low Entry, com plataforma Mercedes-Benz O500U Elétrico, possui sistema de tração elétrica com tecnologia da Eletra, responsável também  pelo projeto de integração, com 200 kW de potência. Com comprimento total de 12.710mm, tem capacidade para 37 passageiros sentados, rampa de acesso para portadores de necessidades especiais, poltronas estofadas, sistema de ar-condicionado, wi-fi e pontos USB.
 O projeto Ônibus Elétrico Assistido por Energia Solar Fotovoltaica da UFSC conta também com a parceria das empresas Marcopolo, Mercedes-Benz e WEG. Envolve o conceito de “deslocamento produtivo”, aliado a um veículo de propulsão 100% elétrica e para o qual a geração de energia é realizada por intermédio de módulos solares fotovoltaicos integrados.
 O sistema de tração desenvolvido pela Eletra tem motor elétrico WEG Trifásico 250 L com 200/400 kW de potência com autonomia de até 200 quilômetros, com quatro recargas de seis minutos. O projeto de integração e tecnologia da Eletra possui baterias de tração tipo Ions de Lítio (Energia de 128kW/h com oito “Packs” e tempo de recarga de 2,5h com carregador lento e 0,5h com carregador rápido).
Um trabalho acadêmico da UFSC mostra que um ônibus elétrico puro pode evitar a emissão de 46,8 toneladas de gás carbônico por ano, é o equivalente ao que 5800 árvores resgatariam de gás do ambiente no mesmo período.
Estudo da universidade catarinense mostra que um ônibus com consumo médio de 670 litros de diesel por mês emite cerca de 3,9 toneladas de CO2. Em um ano, a emissão chega a 46,8 toneladas de CO2.
Segundo o  Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da UFSC, os benefícios ao meio ambiente que o ônibus 100% elétrico pode gerar equivalem ao que 5.800 árvores resgatam de gás carbônico no meio ambiente. Estudo do Instituto Totum e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, demonstra que cada árvore da Mata Atlântica absorve 163,14 kg de gás carbônico (CO2) nos primeiros 20 anos de vida, o que seria uma média de 8,1 kg de CO2 por ano.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

ONU e OPAS pedem para que prefeitos brasileiros não aumentem velocidade nas vias

Diário do Transporte

ONU e OPAS recomendam velocidades menores nas cidades , como nas marginais Foto: Gabriela Bilo/Estadão ConteúdoONU e OPAS recomendam velocidades menores nas cidades , como nas marginais Foto: Gabriela Bilo/Estadão Conteúdo
Segundo extensa nota da Organização Pan-Americana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, as cidades que aumentarem os limites de velocidade irão na contramão do desenvolvimento para um trânsito melhor
ADAMO BAZANI
Enquanto a gritaria ainda é grande em relação à redução das velocidades nas vias urbanas brasileiras e alguns políticos eleitos, como João Doria, que assumirá o executivo municipal da capital paulista a partir de 1º de janeiro, já prometem aumentar novamente velocidades em vias como nas Marginais Tietê e Pinheiros, a Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde fizeram um apelo público para que os prefeitos continuem ou implantem políticas para redução das velocidades.
De acordo com a nota, a redução das velocidades comprovadamente em diversos países do mundo e, no Brasil inclusive, como na cidade de São Paulo, faz com que o índice de mortes no trânsito caia sensivelmente.
Para se ter uma ideia, de acordo com o levantamento com base em diversos estudos, um pedestre que é atingido por um carro a 30 km /h tem 90% de chances de sobreviver. Quando é atingido por um carro a 45 km/h essa chance de sobreviver cai para 50% e vai a quase zero atingido por um veículo a 60 km/ h.
Além disso, de acordo com a nota, existem evidências concretas e que velocidades 5 km/h acima da média de 60 km/h em áreas urbanas e 10 km/h por hora acima em áreas rurais podem dobrar o risco de mortalidade nos acidentes.
Confira na íntegra
 A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) chama atenção para o fato de que mais de um milhão de pessoas no mundo (número estimado) perdem a vida, a cada ano, no trânsito. A quantidade de feridos é ainda mais alta, podendo chegar a até 50 milhões. Um dos principais fatores de risco responsáveis por essa situação é a velocidade excessiva ou inapropriada. 
Por isso, a OPAS/OMS pede que os prefeitos novos e reeleitos no Brasil considerem manter os limites máximos de velocidade em vias urbanas iguais ou inferiores a 50 km/h. “Quanto maior a velocidade de um veículo, menor será o tempo que um condutor tem para parar e evitar um choque. O campo de visão do motorista também se reduz à medida que a velocidade aumenta. O impacto de um veículo contra outros usuários da via ou contra um objeto aumenta na proporção quadrática da velocidade. Ou seja, se a velocidade aumenta em 50%, a força do choque aumenta em bem mais que o dobro”, analisa o consultor de Segurança no Trânsito da Representação da OPAS/OMS no Brasil, Victor Pavarino.
Ele explica que um pedestre, por exemplo, tem 90% de chances de sobreviver a um choque com um carro a 30 km/h. Mas essa chance cai para menos de 50% em um impacto a 45 km/h e é quase zero se acima de 60 km/h.
Da mesma forma, aumentar só um pouco a velocidade pode duplicar os riscos de colisão. “Há evidências concretas de que velocidades de apenas 5 km/h acima da média de 60 km/h em áreas urbanas, e 10 km/h acima da média em áreas rurais, são suficientes para dobrar o risco de morbimortalidade nos incidentes”. De acordo com o Relatório sobre a Situação Global da Segurança no Trânsito 2015, os países que lograram reduzir as mortes no trânsito priorizaram a segurança na gestão da velocidade.
Além do sofrimento pelas perdas e incapacitações decorrentes, calcula-se que os custos econômicos, com particular sobrecarga para o setor de saúde, podem chegar a 5% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas por um país. No Brasil, o trânsito tira mais de 40 mil vidas por ano, o que corresponde a uma taxa superior a 22 óbitos por grupo de 100 mil habitantes, acima da média das Américas (15,9 por 100 mil habitantes), da média dos países de média e de baixa renda (20,1 e 18,3 por 100 mil habitantes, respectivamente) e mais que o dobro da média dos países de alta renda (8,7 por 100 mil habitantes), conforme os mais recentes relatórios da OPAS e da OMS.
“Nós parabenizamos as iniciativas dos municípios brasileiros que se empenharam na gestão rigorosa da velocidade, e conclamamos as prefeitas e os prefeitos eleitos ou reeleitos que tomem em conta os ganhos verificados nas experiências de redução dos limites nas áreas urbanas. Em memória dos que perderam suas vidas no trânsito, e em respeito às que poderão ser salvas, que sigamos os exemplos de Londres, Nova Iorque, Paris, São Paulo, Sidney e Tóquio. Essas cidades reduziram os limites de velocidade nos últimos anos e obtiveram bons resultados”, diz Pavarino.
Por exemplo, em São Paulo, o número de mortes nas vias marginais Tietê e Pinheiros caiu 32,8% em um ano, passando de 73 óbitos em 2014 para 49 em 2015, conforme dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). “O fator determinante para a queda foi a redução dos limites de velocidade nessas vias, em julho do ano passado. Caiu, principalmente, o número de mortes dos mais frágeis usuários das vias: os pedestres. Isso vai ao encontro de nossos preceitos de saúde e equidade”, afirma o consultor da OPAS/OMS.
Para ele, é fundamental que essa medida continue sendo adotada. “Retroceder nesse avanço significa um retrocesso não apenas nos resultados estatísticos, mas no marco simbólico que representou a decisão em favor da vida, particularmente a dos mais vulneráveis”.
A OPAS/OMS, junto com a Colaboração das Nações Unidas pela Segurança Viária, apoia desde 2004 os Estados Membros em suas iniciativas para reduzir a morbimortalidade no trânsito e monitora o progresso dos esforços realizados. A gestão da velocidade será tema das atividades da Fourth UN Global Road Safety Week (Quarta Semana de Segurança Global no Trânsito das Nações Unidas), que será realizada de 8 a 14 de maio de 2017.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

Gestão Haddad completa meta de 400 km de ciclovias


AUTOR: RENATO LOBO // 

Na ultima terça-feira a cidade de São Paulo ganhou mais 3,6 quilômetros no Centro e nas zonas sul e leste. Com as entregas a atual gestão cumpre a meta de 400 km, e a cidade passa a contar com uma malha cicloviária de 498,4 quilômetros.
“…foi possível cumprir a meta e, ao final do mandato, deixar um legado para a mobilidade urbana da cidade de São Paulo”, afirmou o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, na manhã desta terça-feira (6), durante reunião do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito.
Entre os novos trecho está a do Viaduto 25 de Março, com 1,0 quilômetros de extensão, entre a Praça da Sé e o Viaduto 25 de Março. O percurso permite a conexão com estação Sé do Metrô e com as ciclovias das ruas Benjamim Constant, da Figueira e 21 de Abril e a da Avenida Rangel Pestana, que por sua vez fará a ligação Zona Leste Centro.
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Já na Zona Sul a Ciclovia Bosque da Saúde é entregue, com 1,0 quilômetros de extensão, entre a Rua Caramuru e a Avenida Professor Abraão de Morais.
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Na Zona Leste a Ciclovia Arraias do Araguaia entre em operação, com 1,6 quilômetros de extensão, entre as avenidas Aricanduva e Barreira Grande.



CPTM perde financiamento de compra de 35 trens


AUTOR: RENATO LOBO 


Foto: Eduardo Saraiva – Divulgação
O Governo de São Paulo perdeu financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES para compra de 35 novos trens produzidos pela Caf.
De acordo com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o fato ocorre porque a fabricante não conseguiu cumprir o índice de nacionalização de 60% em peso dos veículos, exigido pelo banco.
“De acordo com a fabricante, parte dos fornecedores de componentes e de peças de trens sediados no país descontinuaram suas produções, obrigando a empresa a importar mais componentes para que a produção dos trens não fosse interrompida”, afirmou a pasta, em nota.
O Governo agora estuda realocar verbas das obras da rodovia dos Tamoios para conclusão da entrega das composições, e financiar a rodovia por meio do BNDES. Apenas 12 trens da série 8500 foram entregues.

Ônibus iluminados já circulam em São Paulo

AUTOR: CAIO LOBO 

Foto: Narciso de Queiroz
Ônibus iluminados para o Natal já estão circulando pela cidade de São Paulo. Um comboio composto por 10 coletivos saiu por volta das 19h deste sábado, 10, da Praça Charles Miller, na Zona Oeste da cidade, para marcar o início do projeto.
Ao todo são 30 ônibus decorativos em diversas linhas por toda a cidade. No próximos dia 17 e 23 também haverá novamente os comboios. As carreatas vão partir sempre da Praça Charles Miller, ao lado do Estádio do Pacaembu, e separadas em três pelotões de cerca de 10 ônibus cada. O primeiro comboio sai às 19h e os outros dois em intervalos de 15 minutos.
O percurso terá nove quilômetros e duração de, aproximadamente, 60 minutos. Os ônibus passarão pela Avenida Paulista e pelo Parque do Ibirapuera, onde haverá uma parada de 30 minutos para visita e fotos da árvore de Natal.
Também neste sábado, 10, começou a ciclofaixa noturna da Paulista até o Parque do Ibirapuera. Ela começa as 22h do sábado e termina no domingo as 16. No próximo sábado, 17, haverá o mesmo esquema.

Assembleia sedia lançamento de livro sobre mobilidade urbana


Especialistas defendem democratização do espaço público

Da Redação Keiko Bailone- Fotos: Maurício Garcia de Souza

do sítio da ALESP
http://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=375549

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Solene ocorreu nessa quinta-feira 8/12
Sessão solene ocorrida na quinta-feira, 8/12, sob a presidência do deputado José Zico Prado (PT), marcou o lançamento do livro Mobilidade Urbana no Brasil. Trata-se de uma coletânea de artigos escritos por professores universitários, sindicalistas, cicloativistas, pedativistas, técnicos de transportes, gestores e representantes de movimentos sociais. A organização desse material, em dez capítulos, coube a Evaristo Almeida Prates dos Santos, coordenador do Setorial Nacional de Transportes do PT.

Evaristo Almeida trabalhou durante um ano, selecionando os autores entre estudiosos e militantes da área nos movimentos populares, auxiliando na escolha de temas que melhor refletissem a vivência desses especialistas, cobrando o material e organizando os artigos que compõem este título. Ele disse que o livro tem, como ponto de partida, o própósito de "oferecer elementos ao povo brasileiro para fomentar a construção de cidades sustentáveis" e, nesse sentido, mobilidade urbana implicaria inclusão, participação social e busca de qualidade de vida. "Afinal, as cidades são uma grande invenção da humanidade", enfatizou Evaristo Almeida.

Os autores

Pelo menos dez autores do livro apresentaram um resumo de seus artigos nesta sessão solene. Karina Leitão, professora do Laboratório de Habitação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU), explicou que o livro trata da crise da mobilidade urbana, em que os espaços são notoriamente ocupados pela elite. "Há uma disputa pelo espaço e deslocamento e quem vence essa briga são os que ganham mais", observou. E isso estaria na contramão do que qualificou de urbanismo progressista, cuja bandeira é a cidade democrática.

Esta mesma premissa foi defendida pelo secretário municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto. "Não se pode falar em mobilidade sem falar em democracia de espaços nas cidades; espaços que não estão à venda e são muito caros." Tatto explicou que os carros usam 80% do sistema viário da cidade e o transporte coletivo, 20%. Entretanto, não há como equilibrar este confronto, disse, visto que muitos gestores públicos preferem construir pontes, viadutos e túneis, alargar avenidas, induzindo as pessoas a usarem mais o carro.

Tatto endossou a ideia, ventilada por uma das autoras, Meire Quadros, usuária de transporte público, de se criar o Sistema Único de Transporte, o SUT, a exemplo do SUS. Porém, argumentou, teria de haver uma transição. "Se o carro atrapalha o trânsito, tem de pagar para o transporte público. Mas as pessoas não entendem isso; reclamam como se fosse um direito delas ocupar um espaço público, com um único veículo o dia inteiro", acentuou.

Ao fazer a defesa do SUT, Meire Quadros esclareceu que as mulheres, principalmente as que moram em periferia, têm de se deslocar para o centro à busca de emprego e, muitas vezes, não têm condições de arcar com o custo do transporte. "O subsídio dado aos empresários poderia ter uma parte revertida para a tarifa zero, porque há os que andam a pé por opção, mas há também os que caminham por falta de condições."

As alternativas ao carro

A pedativista Ana Carolina relatou que o movimento da caminhada a pé, conhecido no Brasil como pedativismo, surgiu em 2013, espelhando-se no cicloativismo. E, atualmente, da mesma forma que o cicloativismo, enfrenta, rotineiramente, a violência do carro. "A ideia que se tem é a de que as pessoas que andam por viadutos e ruas causam problemas, mas os espaços é que são inadequados", reclamou, conclamando os pedestres a unir forças com os cicloativistas contra o carro. Segundo Ana Carolina, as cidades oferecem verdadeiras armadilhas para os que se deslocam a pé. "Somos o lado mais fraco", concluiu.

A cicloativista Cyra Malta resumiu em três palavras a luta iniciada em 2004 pela construção de ciclovias na cidade de São Paulo: ir às ruas, brigar, pedir e dialogar, toda vez que ocorria mortes violentas de ciclistas. Reconheceu, no entanto, que a atual administração teve a predisposição para a malha cicloviária num conceito diferente das gestões anteriores. "A política de José Serra e Gilberto Kassab reforçavam o uso da bicicleta como lazer e não veículo de transporte, como fez Fernando Haddad." Cyra Malta condenou "a forte campanha da mídia" para incentivar críticas à criação dessa malha viária. Segundo ela, no começo, havia 80% de aprovação por parte da população paulistana e, após as críticas da mídia, os índices baixaram para 54%.

O carro é o vilão

Para Ubiratan de Paula Santos, médico pneumologista, professor da Escola de Medicina da USP, a poluição provocada pelos veículos urbanos mata de três a quatro milhões de pessoas. No Brasil, este dado equivaleria a 25 ou 30 mil pessoas por ano. "Mas, a opção pelo carro foi estimulada desde o governo Prestes Maia", lamentou.

Outros autores e convidados da Mesa se pronunciaram: o ex-deputado Gerson Bittencourt falou sobre os avanços no transporte público, decorrentes da implantação da bilhetagem eletrônica; os metroviários Eduardo Pacheco e Marlene Furino abordaram o transporte sobre trilhos; Juarez Mateus, denunciou as condições precárias de trabalho dos motoristas de ônibus; e o economista Eduardo Fagnani, professor da Unicamp, teceu comentários sobre os problemas estruturais brasileiros.




Livro sobre mobilidade urbana
Evaristo Almeida

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Livro discute mobilidade urbana para além dos carros



INCLUSÃO

Publicação reúne artigos de ativistas, gestores e especialistas, que discutem as diversas modalidades de transporte e o direito à cidade

por Tiago Pereira, da RBA publicado 06/12/2016 
ARQUIVO/EBC
ciclovias
Expansão das ciclovias na cidade de São Paulo também é abordada no livro 'Mobilidade Urbana no Brasil'
São Paulo – O livro Mobilidade Urbana no Brasil, produzido pela Fundação Perseu Abramo, será lançado na próxima quinta-feira (8), às 19h, no plenário Juscelino Kubitschek da Assembleia Legislativa de São Paulo. São 35 artigos, escritos por 46 especialistas, elaborados paracontribuir com uma visão progressista e abrangente sobre o tema, considerando os diversos aspectos que interferem nas condições de deslocamento da população e seus impactos no meio ambiente, na saúde e na organização das cidades.
Para o organizador da obra, Evaristo Almeida, assessor de Transportes e Mobilidade Urbana da bancada do PT na Assembleia, é importante que se resgate o espaço público para as pessoas, e não para os carros. Os textos de ativistas, representantes de movimentos sociais, gestores públicos e acadêmicos vão desde o impacto da poluição produzida pelos automóveis na saúde das pessoas, passando pelo transporte sobre trilhos, a mobilidade a pé e a educação no trânsito, até novas tecnologias em transporte.
A apresentação foi feita pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que fala sobre as mudanças de paradigma implementadas em sua gestão, marcada pela expansão das ciclovias, da redução da velocidade nas vias, e da abertura da Avenida Paulista e outras 22 vias à população aos domingos, para reduzir a predominância do automóvel.
"A bicicleta dialoga com o imaginário de apropriação do espaço público, com cidade para todos, com direito àcidade de uma forma que outro símbolo consiga dialogar", diz Haddad. Os avanços da gestão também são descritos pelo secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.
Washington Quaquá, prefeito petista de Maricá (Região dos Lagos, Rio de Janeiro) escreve sobre a tarifa zero nos transportes públicos como um benefício possível e apresenta as transformações realizadas no seu município, que hoje possui linhas de ônibus gratuitas administradas pela prefeitura.
Os integrantes do coletivo Cidade a Pé escrevem sobre a importância das calçadas na vida do pedestre. Já a engenheira especialista em trânsito Lúcia Maria Mendonça Santos discute o papel das motos, nas cidades e nas zonas rurais, e os caminhos em formação, educação e sinalização para reduzir os elevados números de mortos.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

PT na Alesp e FPA promovem lançamento do livro “Mobilidade Urbana no Brasil”

Livro organizado por Evaristo Almeida, tem 35 artigos, conta com 46 articulistas com apresentação do prefeito da cidade de São Paulo Fernando Haddad.

 01/12/2016 

capa-mobilidade
A Liderança da Bancada do PT na Alesp, através do deputado José Zico Prado e da Fundação Perseu Abramo, lançará o Livro ‘ Mobilidade Urbana no Brasil’, organizado por Evaristo Almeida, com 35 textos e feitos por 46 articulistas.
O evento acontecerá na próxima quinta-feira (8) no Plenário Juscelino Kubistchek da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
O livro organizado por Evaristo Almeida, tem 35 artigos, conta com 46 articulistas com apresentação do prefeito da cidade de São Paulo Fernando Haddad.
O tema mobilidade é tratado de form abrangente na obra em 11 capítulos que tratam do direito à cidade, da questão da urbanização brasileira, moradia, do conceito de mobilidade que prioriza o pedestre, o ciclista e o transporte público coletivo, do marco regulatório; apresentação dos modos de transportes, mobilidade ativa (andar a pé, ciclovia e calçadas), tarifa, tarifa zero, bilhetagem eletrônica, efeito da poluição automotiva na saúdeda população, sistema metroferroviário brasileiro (metrôs e ferrovias urbanas), a questão sindical, novas tecnologias (Aeromóvel e MagLev Cobra), gestão de trânsito, do transporte individual, do risco que correm os motociclistas, da importância dos trabalhadores nos modos de transportes, a logística urbana na distribuição de bens, a autoridade metropolitana de transportes, o Sistema Único de Transportes – SUT, o PAC Mobilidade Urbana e muito mais; uma obra abrangente feita de forma plural e democrática. O único requisito foi a visão progressista sobre o tema, na concepção dos autores:
Adauto Farias, Afonso Carneiro, Ailton Brasiliense Pires, Altair Neri Bezerra , Ana Carolina Nunes, Andrew Oliveira, Bruno Elias, Eduardo Dias de Souza, Eduardo Fagnani, Eduardo Pacheco, Daniel Telles, Fernando Henrique Guimarães Barcellos, Gabriela Callejas, Gerson Luís Bittencourt, Gilberto de Carvalho, Jânio Ayres , Jilmar Augustinho Tatto , João Sette Whitaker Ferreira, José de Filippi Jr., Juarez Bispo Mateus, Karina Leitão , Keiji Kanashiro, Letícia Leda Sabino, Lúcia Maria Mendonça Santos, Luiz Antonio Cosenza, Luiz Carlos Mantovani Néspoli (Branco), Luiza Gomide de Faria, Marcos Bicalho, Maria Ermelina Brosch Malatesta, Marlene Furino, Meire Quadros, Mila Guedes, Nazareno Sposito Neto Stanislau Affonso, Rafaella Basile, Raimundo Bonfim, Ramiro Levy, Renato Boareto, Ronaldo Tonobohn, Silvia Stuchi Cruz, Simone Scifoni, Tadeu Leite Duarte, Washington Quaquá, Ubiratan de Paula Santos.
 
Serviço
Quando: 08 de dezembro de 2016
Local: Plenário Juscelino Kubistchek da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
Horário: 19 horas
Endereço: Avenida Pedro Álvares Cabral, 201 – Ibirapuera – São Paulo – SP
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do portal Linha Direta e divulgação do autor