terça-feira, 18 de setembro de 2012

DF registra menor número de morte de pedestres nos últimos 12 anos


Mesmo com a redução no número de pedestres mortos no DF, até o mês de agosto sete pessoas foram vítimas enquanto realizavam a travessia da faixa. Conforme o Detran, o número de ocorrências quase dobrou se considerar o mesmo período em 2011, onde houve 3 mortes.
Foto: Reprodução
Apesar do crescimento populacional e o aumento da frota de veículos na capital do país, dados da Gerência de Estatística do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) mostra que até agosto de 2012 o número de acidentes com mortes de pedestre atingiu sua menor marca nos últimos 12 anos.
Em 1995, o índice de mortos por 10 mil veículos era de 14,9 pessoas e em 2012, este número corresponde a três pessoas. A diminuição de óbitos vem caindo significativamente nos últimos anos. Comparado com 2010, houve uma queda de 28%. Já do ano passado para cá foi de 25%.
O pesquisador de Transportes da Universidade de Brasília (UnB), Artur Morais, credita essa baixa principalmente ao maior controle da velocidade dos carros, que aumentou após a instalação de radares em locais de grande movimento, como os eixos rodoviários norte e sul e a Estrada Parque de Taguatinga (EPTG), que liga as regiões administrativas Guará, Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia ao Plano Piloto.
“A velocidade do veículo está diretamente ligada à severidade do acidente. Quanto mais rápido o carro estiver, mais grave o acidente será. A instalação de radares contribuiu para que a velocidade média caísse, o que permite uma reação melhor para qualquer situação de perigo.”
Dos 75 pedestres mortos contabilizados até agosto deste ano, 25% eram idosos, 75% homens, sendo que mais da metade das vítimas foram atropeladas à noite. As Regiões Administrativas de Ceilândia e Taguatinga foram as que mais registraram ocorrências com sete e seis mortes, respectivamente.
Artur chama a atenção para a falta de conscientização do pedestre, que não é visto com facilidade a noite. De acordo com ele, pesquisas mostram que além da falta de visibilidade ainda há o grande consumo de álcool tanto da parte do motorista quanto do pedestre.
“Esse é um problema sério. Não é só motorista alcoolizado que causa acidente. O pedestre bêbado também erra na hora de calcular a distância na hora de atravessar e as consequências podem ser gravíssimas”, alertou.
Os locais onde mais ocorreram os atropelamentos com morte em 2012 foram em rodovias, sendo 41% nas distritais e 19% em federais, totalizando 60%. Os outros 40% dos atropelamentos foram em vias urbanas.
Faixas de pedestres
Só até agosto deste ano, sete pessoas foram mortas por atropelamento nas faixas de pedestres do DF. Conforme o Detran, o número de ocorrências quase dobrou se considerar o mesmo período em 2011, onde houve 3 mortes.
Artur Morais afirmou que algumas pessoas estão deixando de respeitar a faixa de pedestre e que é preciso aumentar a fiscalização em todo o DF. Além disso, o pesquisador também chamou a atenção para o péssimo estado de conservação das faixas e das placas de sinalização. “Precisamos de uma restauração, conheço lugares que a pintura das faixas praticamente sumiu”, alertou.
O especialista também recomenda a volta de campanhas educativas no trânsito nos principais meios de comunicação e a melhora na formação dos condutores de todo o Brasil.
De acordo com Artur, os motoristas são formados apenas para serem aprovados no exame do Detran e não para serem agentes ativos no trânsito, tornando-os mais sujeitos a erros que muitas vezes podem ser fatais.
Agência T1, Por Danielle Sousa
Edição: Bruna Yunes

Nenhum comentário:

Postar um comentário