sexta-feira, 22 de março de 2013

Estradas no Paraná têm um roubo de carga a cada dois dias, diz sindicato

Segundo a PRF, foram 39 assaltos este ano nas estradas federais que cortam a Grande Curitiba. O número inclui todo o tipo de carga.
Foto: Reprodução
O número de roubos de cargas nas estradas do Paraná aumentou muito nesse ano. De acordo com o Sindicato das Transportadoras, uma carga é roubada a cada dois dias. O último foi na quinta-feira, de uma carga de ovos de páscoa.
As principais ocorrências são nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, mas a violência em Curitiba também preocupa a Polícia Rodoviária Federal do estado. Foi criado um disque-denúncia, e ele já ajudou na prisão de pessoas de diferentes quadrilhas.
As cargas de combustíveis estão entre as mais visadas. O motorista prefere esconder o rosto, e não consegue esquecer o sufoco que passou. “O caminhão encostou, subiram dois indivíduos no caminhão, um do lado direito e um do lado esquerdo”, lembra.
Um dos bandidos levou o caminhão com a carga – quase 50 mil litros de óleo diesel. O outro manteve o motorista refém no meio do mato, sob a mira de um revólver. Os tanques foram encontrados vazios dias depois.
Para os motoristas que transportam combustíveis, o medo passou a ser um companheiro de viagem. Eles dizem que são surpreendidos pelos marginais em trechos de subida, em que o caminhão carregado não passa dos 30 quilômetros por hora.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, em 2013 foram 39 assaltos nas estradas federais que cortam a Grande Curitiba. O número inclui todo o tipo de carga. “Atiraram no caminhão e saquearam a carga. Fiquei uma meia hora na estrada parado com eles até passar a carga para outro caminhão”, afirma um caminhoneiro.
A polícia faz o patrulhamento 24 horas por dia, mas às vezes o esconderijo é bem perto do local onde o crime é cometido. “Geralmente eles deixam um carro aqui em baixo e já transportam a mercadoria para esconder no carro”, afirma Bernardo Desert Menezes.
As rodovias de São Paulo também estão entre as mais perigosas do país para quem trabalha com o transporte de cargas. “A gente fica com medo. Em lugares que acho suspeitos evito parar”, diz um caminhoneiro.
Fonte: Bom Dia Brasil, Por Marcelo Rocha

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