quinta-feira, 28 de março de 2013

Caminhões ainda enfrentam 6 km de filas para chegar ao Porto de Santos

Congestionamento na Rodovia Cônego Domênico Rangoni melhorou em relação à semana passada, quando filas chegavam a 22 km, mas caminhoneiros ainda reclamam de caos logístico.
Fila quilométrica na rodovia Cônego Domênico Rangoni, que liga São Paulo ao porto de Santos. Foto: Michel Filho
Após formarem filas de até 22 km na semana passada, os caminhões que seguem para os terminais da margem esquerda do Porto de Santos, no Guarujá, encontram nesta quarta-feira cerca de 6 km de congestionamento na Rodovia Cônego Domênico Rangoni.
A aparente redução no tráfego deve-se à separação entre os caminhões graneleiros e os conteineiros e cegonheiros em duas filas distintas, medida que foi implementada no último domingo pela Polícia Militar (PM) e pela Associação Comercial e Empresarial do Guarujá (ACEG).
A orientação é que os graneleiros prossigam em fila pelo acostamento da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, a partir do posto da PM, no entroncamento com a Rio-Santos. Já os conteineiros e cegonheiros devem seguir pela faixa da direita, para entrada na Rua Idalino Pires (Rua do Adubo), onde um posto de controle foi instalado pela polícia para filtrar a entrada de veículos.
“Segunda-feira eu saí daqui meio-dia e voltei às 14 horas. Quando peguei a segunda faixa de novo, o guarda me notificou. Como a corda estoura sempre para o lado mais fraco, o prejuízo é só meu”, diz Claudecir Vitor da Cruz, caminhoneiro há 19 anos.
Carros de passeio estão sendo barrados na entrada da Rua do Adubo, enquanto caminhões graneleiros são liberados conforme a disponibilidade dos terminais e os conteineiros e cegonheiros são liberados de acordo com o agendamento.
“O problema são os caminhões que vêm de fora e que estão nos atrapalhando. Eles travam a entrada e a saída da Rua do Adubo e nós não podemos entrar”, afirma José Luciano da Silva, motorista de um conteineiro.
Reflexos
Embora a Rua do Adubo seja estreita e mal sinalizada, os caminhões trafegam em três faixas, mantendo a divisão entre graneleiros e cegonheiros iniciada na Cônego Rangoni.
O fluxo intenso de caminhões não é transtorno apenas para quem traz e busca cargas no terminal marítimo. “Isso aqui está um caos, uma pouca vergonha, prejudicando os comerciantes. Não conseguimos manobrar, colocar o trabalho para dentro das oficinas”, reclama Otacílio da Conceição Trindade Filho, mecânico na Rua do Adubo.
Fonte: O Estado de S. Paulo, Por Danielle Villela

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