terça-feira, 17 de junho de 2014

Prefeitura intensifica diálogo com TCM para corredores e ampliação do rodízio pode não sair do papel

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Ônibus em São Paulo. Prefeitura intensifica diálogo com TCM para liberação de licitação de corredores, com o objetivo de cumprir a meta de 150 quilômetros. Haddad admite que ampliação da área abrangida pelo rodízio pode não sair do papel se estudos comprovarem que os benefícios para o trânsito e de redução da poluição sejam anulados em médio prazo. Foto: Adamo Bazani.
Prefeitura de São Paulo intensifica diálogo com TCM para acelerar liberação de corredores de ônibus
Haddad admitiu também que ampliação do rodízio municipal de veículos pode não trazer os benefícios esperados
ADAMO BAZANI – CBN
A prefeitura de São Paulo intensificou o diálogo com os técnicos e conselheiros do TCM – Tribunal de Contas do Município para acelerar a liberação da licitação de 128 quilômetros de corredores de ônibus.
Após difícil aprovação por parte da Câmara Municipal de São Paulo, em segunda votação, do PL 017/2014, que prevê alterações em 66 vias da cidade para a construção doscorredores, agora o principal desafio do poder público, para cumprir a meta de 150 quilômetros de corredores até 2016, é justamente ter a aprovação total do TCM.
Até agora, apenas algumas licenças ambientais foram liberadas. A licitação foi suspensa pelo TCM em 08 de janeiro e ainda não teve aprovação dos conselheiros.
À época, o TCM contestou falta de comprovação das verbas para as obras, de projetos executivos e o modelo de licitação. Será um certame apenas, mas com vencedores por lotes.
Nesta segunda-feira, dia 16 de junho de 2014, Haddad disse que as liberações ocorrem aos poucos.
“Estamos conversando com o tribunal. Já tivemos a liberação do eixo sul (23 de maio, por exemplo) e agora estamos discutindo o outro pacote, de dez lotes remanescentes. Acho que cinco estão bem encaminhados. Os outros cinco ainda estão em análise. Mas só com isso cumpriríamos a meta” – disse Fernando Haddad.
AMPLIAÇÃO DO RODÍZIO PODE NÃO SAIR DO PAPEL:
O prefeito Fernando Haddad declarou também nesta segunda-feira que o projeto de ampliação da área abrangida pelo rodízio municipal de veículos não é consenso na prefeitura de São Paulo e pode até não sair do papel.
No início do ano, o secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto, disse que até abril, em ao menos 371 quilômetros lineares, num total de cerca de 400 vias, a restrição maior seria colocada em prática.
Mas Haddad afirmou nesta segunda-feira que estudos estão sendo realizados.
Para ele, a ampliação do rodízio só valerá a pena, caso os efeitos da medida para a redução de trânsito tenham uma duração não apenas imediata.
“A questão é controversa. Isso está em análise. Há técnicos que estão colocando objeções, há técnicos que defendem. Mas isso é uma questão técnica, que precisa ser tomada com cautela, não de supetão, porque é uma coisa que vai impactar muito a cidade … Tudo é analisado por computador antes de ser implementado. Tem gente que conclui que o impacto inicial existiria, mas no médio prazo ele se perderia. Então, tem toda uma conta para fazer que não é só a instantaneidade da medida, você resolve de um dia para o outro, mas no médio e longo prazo? Se a conclusão for de que o efeito de médio prazo é pequeno, talvez não justifique a medida. É isso que está sendo analisado” – disse Haddad.

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