terça-feira, 10 de junho de 2014

Crédito para concessões de rodovias federais está garantido, diz ministro

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil
O ministro dos Transportes, César Borges, descartou a hipótese de que dificuldades no financiamento de longo prazo às concessionárias de rodovias federais atrapalhem as obras exigidas nos contratos. O ministro se empenhou em enviar uma mensagem de tranquilidade aos vencedores dos últimos leilões de estradas e assegurou que, caso instituições privadas se recusem a fazer o repasse de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com as taxas prometidas, os bancos estatais garão de cumprir esse papel.
“Os compromissos de financiamento serão mantidos integralmente”, disse Borges ao Valor. “Quero dar uma garantia de que vamos cumprir exatamente o prometido. Se o [banco] privado achar que é desinteressante, a operação será feita pelos bancos públicos”, completou o ministro.
Segundo ele, o governo é “parceiro” do setor privado no programa de concessões e a estruturação dos projetos não termina com o sucesso dos leilões. O ministro garantiu não ter recebido queixas das concessionárias sobre entraves nos empréstimos de longo prazo do BNDES e fez questão de se colocar à disposição das empresas, caso elas detectem alguma dificuldade. “Nós estamos prontos, no ministério, para sermos interlocutores de quaisquer dificuldades que elas possam sentir em seus projetos. Até agora, não tivemos nenhum sinal negativo.”
As declarações foram feitas em resposta à reportagem publicada ontem pelo Valor, mostrando que as empresas vencedoras dos últimos leilões de concessão de rodovias federais têm esbarrado na resistência de alguns bancos comerciais para fazer o repasse de recursos do BNDES, que financia até 70% dos investimentos exigidos nos contratos. As novas concessionárias se comprometeram a investir R$ 28,3 bilhões nos cinco lotes licitados na segunda metade de 2013. Esse valor corresponde à duração total dos contratos, que têm 30 anos, incluindo a duplicação de trechos.
Fonte: Valor Econômico, Por Daniel Rittner

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