domingo, 30 de junho de 2013

Pedágio não sobe, mas Estado ainda tem as tarifas mais caras do país.

Para trafegar pelos 64,5 km da via Anchieta ou 58,5 km da Imigrantes, por exemplo, o usuário vai continuar desembolsando R$ 21,20. As concessionárias também não ficarão sem a remuneração adicional a que têm direito. O reajuste de 6%, na verdade, vai sair dos cofres estaduais
Os pedágios nas rodovias paulistas, administradas por 19 concessionárias, não terão aumento de preços em 1º de julho. O reajuste foi cancelado. Mesmo sem o reajuste, o pedágio cobrado nas rodovias Anchieta e Imigrantes continua sendo o mais alto do país, com valor de R$ 21,20.
Em 1° de julho de 2012, as tarifas na Anchieta-Imigrantes foram reajustadas em 4,26%. Antes, o pedágio era de R$ 20,10.
Medida populista
Para o deputado Alencar Santana Braga , membro da comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, a medida, além de populista, é política. “Não foi uma decisão técnica e tem claro objetivo de jogar a notícia para a plateia, sem ter medidas efetivas que desonerem o custo do transporte no Estado. Ele ficou acuado com as manifestações”, afirmou.
Braga ainda criticou o valor dos pedágios. “O governo deve reduzir os preços abusivos que são cobrados e que impedem o direito de ir e vir da população. No caso da Anchieta e Imigrantes, o fluxo de veículos é enorme e o valor do pedágio deveria ser muito menor”, afirmou. A Bancada do PT na Assembleia promete cobrar a diminuição dos pedágios.
Concessionárias serão compensadas
Na prática, o governo do Estado impediu que o reajuste nas tarifas - previsto em contrato - chegue diretamente ao bolso dos usuários das rodovias, mas as concessionárias não ficarão sem a remuneração adicional a que têm direito. O reajuste de 6%, na verdade, vai sair dos cofres estaduais.
A mais afetada seria a CCR, que administra rodovias como as do Sistema Anhanguera-Bandeirantes. Segundo cálculos da equipe de economistas do Valor Data, a empresa deixaria de arrecadar quase R$ 250 milhões, tomando como base 2012 (relatório anual mais recente disponível). Considerando todas as concessionárias do Estado, o "rombo" se aproximaria de R$ 500 milhões em um ano, segundo cálculos de Karla Bertocco Trindade, diretora-geral da Artesp (agência paulista reguladora do setor).
O "buraco" vai ser tampado pelos cofres estaduais por meio de quatro contrapartidas. Entre as ferramentas elaboradas pelo governo, está a diminuição de arrecadação pública com o faturamento das empresas. O valor embolsado pelo Estado, que correspondia a 3% da receita bruta anual da concessionária, vai baixar a 1,5%. Outro mecanismo é um desconto nas multas quando a concessionária atrasar obras do cronograma.
*com informações dos jornais ABCD Maior e Valor Econômico

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