quinta-feira, 4 de setembro de 2014

União autoriza projetos de aeroportos privados para uso da aviação executiva

Foto: Chris Ratcliffe/Bloomberg
Foto: Chris Ratcliffe/Bloomberg
O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Moreira Franco, afirmou que a presidente Dilma Rousseff autorizou a pasta a aprovar projetos de aeroportos de aviação executiva construídos e administrados exclusivamente pela iniciativa privada.
O primeiro deles começou a sair do papel ontem e, ainda segundo o ministro, outros empresários estão em conversações com o governo para construir aeroportos no mesmo modelo no Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais e Bahia.
Moreira Franco visitou as obras do Aeroporto Executivo Catarina, do grupo JHSF, em São Roque, a cerca de 70 km de São Paulo. A primeira fase da construção deve ser entregue no primeiro semestre de 2016. “A presidenta permitiu que pudéssemos autorizar aeroportos totalmente privados para a aviação executiva”, disse o ministro.
A diretriz do governo federal é a de estimular novos empreendimentos similares. A primeira fase do aeroporto Catarina prevê investimentos de R$ 3,9 milhões até a entrega da obra.
Nessa fase, será construída uma pista de 1,9 km. Na segunda fase, onde deverá ser erguido um complexo comercial junto ao aeroporto, o investimento estimado é de R$ 1,2 bilhão e a construção de uma segunda pista.
Não há planos, no entanto, de expansão do modelo para a aviação comercial. “Temos pedidos para aeroportos com essas características. O Brasil tem hoje a segunda frota de aviação executiva do mundo, então temos necessidade dessa infraestrutura, que deve ser projetada para acompanhar a demanda”, afirmou Moreira Franco.
O ministro acredita que a operação de um novo aeroporto nos arredores de São Paulo, mesmo que apenas para atender à aviação executiva, ajudará a “desestressar” o aeroporto de Congonhas e também diminuirá o número de pousos e decolagens no Campo de Marte. Afirmou que é necessária a criação de infraestrutura para separar a aviação executiva da comercial, já que “não há sentido que um modelo concorra com o outro” nos aeroportos por slots – horários de pousos e decolagens.
 Fonte: Valor Econômico, Por Rodrigo Pedroso

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