sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Temporal inunda 77 pontos de SP, para trens e fecha aeroporto na hora do rush

Na região de Pinheiros e Butantã, quase metade da chuva prevista para o mês caiu em 2h; dezenas de carros foram arrastados pela água.
As regiões do Butantã e de Pinheiros concentraram os maiores índices de chuva, com 101 e 100 milímetros, respectivamente. Foto: JB Neto/AE
Em uma quinta-feira de calor recorde, um grande temporal castigou São Paulo e provocou 77 pontos de alagamento bem na hora da volta para casa, entre 17h e 19h. As zonas oeste e sul foram as mais afetadas.
As regiões do Butantã e de Pinheiros concentraram os maiores índices de chuva, com 101 e 100 milímetros, respectivamente. Para se ter uma ideia, em apenas duas horas choveu quase metade (46%) do que era esperado para o mês nessas regiões.
A cidade inteira registrou uma média de 26,3 milímetros de chuva – número obtido pelos medidores instalados nas 31 subprefeituras. É o equivalente a 12% do previsto para fevereiro.
Já o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou 33, 3ºC no Mirante de Santana, órgão oficial de medição. O recorde anterior de calor era de 32,7ºC, em 5 de janeiro. A previsão para hoje e amanhã é de que os termômetros alcancem novamente valores em torno dos 33ºC.
O Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, ficou fechado por quase uma hora para pousos e decolagens, das 17h48 às 18h40. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não soube precisar quantos voos foram afetados, mas 16 (ou 6,7% do total) atrasaram.
Uma linha da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também parou, causando reflexos em todo o sistema de trem e metrô. Instaurou-se o caos na Estação Pinheiros.
Dezenas de carros estacionados na rua foram arrastados pela enxurrada. A cena foi vista principalmente na Pompeia, na zona oeste, nos arredores do Sesc e no cruzamento da Turiaçu com a Pompeia. Na mesma região, o Mercado da Lapa e a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) alagaram.
A sede social do São Paulo Futebol Clube, no Morumbi, zona sul, ficou totalmente submersa, assim como o canteiro de obras do monotrilho da Avenida Luís Inácio de Anhaia Melo, na zona leste.
Ruas e avenidas importantes na cidade, como 23 de Maio, 9 de Julho, Henrique Schaumann, Rebouças, Pedroso de Morais e Marginal do Pinheiros ficaram debaixo d’água, o que congestionou o trânsito.
Até regiões que não costumam alagar com frequência, como os Jardins, na zona sul, e o bairro do Limão, na zona norte, tiveram ruas inundadas em questão de minutos. Também foram registrados pontos isolados de falta de luz e queda de internet.
Região Metropolitana
Outras cidades da Grande São Paulo também sofreram com as enchentes. Municípios do ABC Paulista, como Santo André e São Bernardo, além de Osasco, Barueri e Santana de Parnaíba, tiveram pontos de alagamento.
Fonte: Estado de S. Paulo, Por Nataly Costa, Adriana Ferraz, Bruno Ribeiro e Caio Do Valle

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