segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Executivos como opção para diminuir o trânsito


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DFTrans anuncia que os serviços de ônibus executivos têm dado bom retorno e mostram potencias para tirarem carros de passeio das ruas, convencendo a quem dificilmente largaria o transporte próprio pelo público convencional. Mais micro-ônibus serão adquiridos e mais linhas criadas. Foto: DFTrans
Micros-executivos são opção para diminuir trânsito no Distrito Federal
TCB vai ampliar trajetos e números de linhas
ADAMO BAZANI – CBN
Uma das formas de diminuir o trânsito nas médias e grandes cidades é oferecer opções de transportes coletivos diferenciados que possam atrair os proprietários de carros de passeio que dificilmente deixariam o transporte individual pelo público nas atuais circunstâncias.
Para isso, o transporte coletivo executivo ou seletivo deve ser rápido, confortável, com boa oferta de horários e apesar de poder ter tarifa mais alta que o convencional, deve ser vantajosa.
E essa é a aposta do DFTrans – Distrito Federal Transportes, que gerencia os serviços na Capital Federal.
A TCB – Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília anunciou que vai adquirir mais 10 micro-ônibus executivos para reforçar as linhas especiais já existentes, ampliar os itinerários e até mesmo criar rotas novas.
A companhia pública faz um balanço positivo da linha entre o Sudoeste e a Esplanada dos Ministérios criada há cerca de um mês. O serviço hoje conta com quatro micro-ônibus e deve em breve receber mais dois veículos.
A intenção também é ampliar a linha para lugares mais afastados do Sudoeste, parte da região do Octogonal e da região do Cruzeiro.
A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD, elaborada e aplicada pela Codeplan – Companhia de Planejamento do Distrito Federal, revela que 54,4% dos entrevistados na Octogonal e no Sudoeste trabalham no serviço público federal ou distrital na área central do Plano Piloto.
Por conta disso, o DFTrans entende que há demanda para mais ônibus executivos e mais linhas e que a expansão destes serviços pode fazer muita gente deixar o carro em casa.
Hoje a linha criada há cerca de um mês, entre o Sudoeste e a Esplanada transporta 271 passageiros por dia, mas a capacidade é de 1,1 mil pessoas diariamente. O itinerário tem 23 quilômetros percorridos em aproximadamente uma hora.
Os ônibus saem a cada 15 minutos do Terminal do Cruzeiro, de segunda a sexta-feira, das 7 horas às 19 horas, e a passagem é de R$ 5.
Em abril de 2011, a TCB começou a operar uma linha executiva entre o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck e o centro do Distrito Federal. Segundo a empresa, a demanda é boa para um serviço executivo: 16 mil passageiros transportados em média por mês.
Os micro-ônibus executivos têm capacidade para 26 passageiros e contam com poltronas reclináveis, ar condicionado e internet wi-fi gratuita.
A intenção do DFTrans é oferecer linhas na região dos Tribunais, na área central, no setor bancário e nos setores comerciais norte e sul.
Os serviços executivos são apontados como uma forma de transporte público eficiente para tirar carros das ruas, ainda mais em regiões que recebem grande fluxo de pessoas que moram próximas umas das outras e que muitas vezes, sozinhas nos carros, fazem praticamente o mesmo trajeto.
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A Capital Paulista já teve um amplo serviço de ônibus executivos, em especial na época da CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos. Com a privatização da empresa, falta de prioridade ao transporte coletivo no espaço urbano e de planejamentos adequados, serviços foram perdendo força. Foto: Waldemar de Freitas Júnior.
A CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coletivos – de São Paulo foi uma das pioneiras na implantação de linhas executivas de ônibus. Nos anos de 1980, já circulavam ônibus com serviços diferenciados em várias regiões da cidade de São Paulo. Em junho de 1991, a Prefeitura criou, por decreto, 156 linhas executivas.
Mas sem prioridade no espaço urbano, os ônibus começavam a enfrentar o trânsito que ano após ano se tornaria pior. Também havia alguns equívocos de planejamentos com muita sobreposição às linhas convencionais. Assim, muitas linhas executivas iam deixando de despertar o interesse dos passageiros.
Com privatização da CMTC, que foi dividida em três fases entre 1993 e 1994, na gestão do então prefeito Paulo Salim Maluf, as linhas executivas foram perdendo ainda mais força.
Especialistas apontam que com bom planejamento e tráfego em vias alternativas. São Paulo teria espaço e necessidade do retorno das linhas executivas com maior intensidade, mesmo que sejam operadas apenas com micro-ônibus que ofereça mais conforto,

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