terça-feira, 30 de outubro de 2012

Governo quer novo sócio em aeroportos


Demétrius Daffara/Editoria de Arte / Folhapress
Antes de definir regras para a concessão dos aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG), o governo decidiu priorizar negociações com os controladores de unidades já privatizadas para reforçar a operação aeroportuária de Campinas (SP) e Brasília (DF).
A decisão foi tomada depois do incidente em Viracopos, onde um avião cargueiro quebrou durante o pouso, o que gerou o fechamento do aeroporto por 46 horas. A demora na operação foi uma demonstração, na avaliação do Planalto, da má administração dos aeroportos.
A Folha apurou que consórcio ganhador de Viracopos informou ao governo que está negociando com o operador do aeroporto de Munique (Alemanha). O de Brasília também informou ao governo que tem conversas com a Fraport, que opera o aeroporto de Frankfurt (Alemanha). Ambos estão entre os maiores operadores da Europa.
À Folha os consórcios negam negociações. A reportagem não conseguiu contato com as empresas alemãs.
No caso do aeroporto de Campinas, o consórcio tem acordos de consultoria com o grupo que administra o aeroporto de Munique desde antes de vencer o leilão. Em Brasília, há consultores americanos, a Aecom e a Mitre.
A ideia do governo, segundo um ministro, é que os mais experientes entrem como sócios no negócio para dar maior qualificação aos consórcios. Se isso não for possível, que haja pelo menos um contrato de consultoria administrativa -o que atribuiria maior responsabilidade aos grandes operadores.
Segundo a Folha apurou, o Palácio do Planalto decidiu segurar os planos para o Galeão e Confins a fim de não atrapalhar essas negociações. Na avaliação do governo, se fossem lançados, os operadores internacionais que conversam com Campinas e Brasília poderiam postergar as negociações.
O consórcio de Guarulhos não preocupa tanto, já que seu projeto de administração e reforma do aeroporto agradou a equipe presidencial.
Vaivem
Há meses o governo tenta definir, sem sucesso, o modelo das próximas concessões. Descontente com a primeira rodada, Dilma defendeu que a Infraero mantivesse o controle dos aeroportos, hipótese rechaçada por investidores. Com isso, o anúncio, previsto para setembro, foi adiado.
 Fonte: Folha de S. Paulo, Por Valdo Cruz e Dimmi Amora

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