segunda-feira, 6 de junho de 2016

Linhas 4 e 17 serão retomadas em 60 dias. Monotrilho do ABC e extensão da linha 2 não estão entre as prioridades, diz secretário de Alckmin

monotrilhos
Monotrilhos não avançam em São Paulo, como da linha 17 Ouro. Foto: Léo Martins
Clodoaldo Pelissioni culpa crise econômica e democracia pelos atrasos nas obras de transportes metropolitanos. Promessas de Donisete Braga, em Mauá, e Luiz Marinho em São Bernardo do Campo, também não são cumpridas
ADAMO BAZANI
As obras de continuação da linha 4 Amarela do Metrô de São Paulo,  que compreendem a construção das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, o terminal de ônibus na Vila Sônia, o pátio para trens também na Vila Sônia e um túnel de dois quilômetros para fazer uma ligação para este pátio, e a retomada da construção de um pátio para monotrilhos da linha 17-Ouro, na zona Sul, devem iniciar em 60 dias.
Houve rompimentos de contratos em momentos diferentes entre a Companhia do Metropolitano e as construtoras das duas intervenções.
A nova promessa de datas é do Secretário de Transportes Metropolitanos da gestão Geraldo Alckmin, Clodoaldo Pelissioni, em entrevista no início da tarde desta sexta-feira, 03 de junho de 2016, no jornal local SPTV, da TV Globo.
Clodoaldo Pelissioni também falou que obras que ainda não tiveram início, como a extensão da linha 2-Verde do Metrô até Guarulhos, e o início das obras da linha 18-Bronze do Monotrilho do ABC, não estão entre as prioridades do Governo do Estado que agora deve concentrar recursos em intervenções que já foram iniciadas.
O secretário de Geraldo Alckmin culpa a crise econômica e a democracia pelos atrasos nas obras.
Sobre a crise a econômica, Clodoaldo Pelissioni, responsabilizou o Governo Federal por não realizar repasses anunciados, como um total de R$ 1,8 bilhão em 2014.
Ele começou a entrevista dizendo que numa democracia há vários atores, como a Justiça e Ministério Público, e que quando a imprensa compara o ritmo de obras do país com de outras Nações, segundo o Clodoaldo Pelissioni, não cita que nestes outros países onde há avanços de obras existe autoritarismo.
Atualmente os países que mais contam com avanço da mobilidade urbana são os que, ao contrário do que disse Pelissioni, têm a democracia e atuação de vários agentes na sociedade como uma das marcas, a exemplo de regiões como América do Norte e Europa.
Pelissioni também tentou contestar matéria com base nos dados do próprio Metrô que mostram que os monotrilhos de São Paulo já estão até 83% mais caros e que o custo do quilômetro já se aproxima do metrô de verdade.
Segundo ele, a conta compara os atuais valores que levam em consideração o custo com as estações com os valores anunciados no início do projeto, que não tinham as estações, apenas o trajeto.  Apesar da explicação de Pelissioni, tudo acaba dando no mesmo porque significa que quando os projetos foram anunciados, o Governo do Estado de São Paulo fez uma propaganda com valores subdimensionados.
Outras obras de mobilidade em atraso também receberam destaque na série de reportagens, como o corredor de ônibus entre Guarulhos e a Estação Tucuruvi do Metrô, que deveria estar com os 20 quilômetros em operação, os doze corredores de ônibus em São Bernardo do Campo que foram anunciados pelo prefeito Luiz Marinho em abril de 2012 para ficarem prontos em 2014 e o corredor de ônibus da Avenida Itapark e três terminais de ônibus em Mauá.
Em São Bernardo do Campo, apenas as obras do Corredor da Estrada dos Alvarengas e do Leste-Oeste foram de fato iniciadas. Em Mauá, apesar de a administração do prefeito Donisete Braga já ter feito a licitação de R$ 33 milhões, não há sequer um sinal das obras que deveriam ter começado em 2015.
Apesar de a administração do Governo do Estado, do PSDB, e das prefeituras de Mauá e São Bernardo do Campo, do PT, estarem do ponto de vista partidário de lados opostos, as desculpas são as mesmas: falta de dinheiro.
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